Kits antifurto serão obrigatórios por decisão do Cotran (foto: Reprodução)
Após cinco anos de discussões, o
Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definiu as regras para tornar
obrigatória a presença de kits antifurto nos veículos vendidos no País. A
partir de janeiro, 20% de todos os automóveis e caminhões novos terão
de ter instalados sistemas de bloqueio e rastreamento. Em agosto, serão
100% dos veículos novos. Para as motos, o prazo de adequação para o
total da frota vence em janeiro de 2014.Os sistemas deverão estar
instalados nos carros. Mas será opção de cada proprietário decidir se
vai ou não pagar para manter o serviço de rastreamento, que deverá ser
contratado em uma empresa privada do ramo. Já o bloqueio deverá vir
funcional, com a opção de ser acionado diretamente pelo proprietário.
O projeto já havia sido adiado por cinco vezes. Entre os motivos, estava a falta de definição da tecnologia usada para manter a comunicação entre o carro e a central de rastreamento. A Deliberação 128 do Contran, que determinou o novo cronograma, foi publicada há duas semanas.Cada fabricante (ou importador) de veículo terá de homologar seu modelo no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Uma busca feita no sistema do órgão mostra que cinco fabricantes já têm seus sistemas homologados.Mas ainda não há certeza quanto ao impacto que a medida trará ao preço dos carros. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não quis comentar o assunto. A assessoria de imprensa da entidade disse que as fábricas vão cumprir as regras, mas o impacto no valor dos veículos será decidido por cada montadora.
A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), que não fez parte do grupo de trabalho que discutiu o modelo, disse, em nota, que "certamente haverá repasse dos custos de introdução dos novos dispositivos, mas não temos ainda como quantificar esse valor, lembrando sempre que o comprador do veículo pode ou não ativá-los".Atualmente, as empresas que oferecem esses kits os comercializam por preços que variam entre R$ 200 e R$ 500, mais cerca de R$ 50 mensais pela assinatura dos serviços de rastreamento.
Uma das justificativas para a criação da medida é a possível diminuição do número de furtos de veículos e, consequentemente, do valor dos seguros. Mas a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) ainda não sabe qual será o efeito da mudança, apesar de apoiá-la. "Como a resolução não obriga o proprietário do veículo a ativar o dispositivo, as seguradoras aguardam o impacto da medida a partir da constatação da eficiência do sistema por meio da melhora dos índices de recuperação de veículos roubados", afirmou a entidade, em nota.Já o delegado Norberto Moraes, da Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas (Divecar), da Polícia Civil, afirma que a medida trará, sim, redução no número de ocorrências ligadas a carros. "Mas o marginal já tem meios de inibir esses sistemas", alertou. "Os fabricantes terão de oferecer sistemas eficientes." Ele disse ainda que, para coibir os furtos contra o patrimônio, as leis deveriam ser mais severas.
O projeto já havia sido adiado por cinco vezes. Entre os motivos, estava a falta de definição da tecnologia usada para manter a comunicação entre o carro e a central de rastreamento. A Deliberação 128 do Contran, que determinou o novo cronograma, foi publicada há duas semanas.Cada fabricante (ou importador) de veículo terá de homologar seu modelo no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Uma busca feita no sistema do órgão mostra que cinco fabricantes já têm seus sistemas homologados.Mas ainda não há certeza quanto ao impacto que a medida trará ao preço dos carros. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não quis comentar o assunto. A assessoria de imprensa da entidade disse que as fábricas vão cumprir as regras, mas o impacto no valor dos veículos será decidido por cada montadora.
A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), que não fez parte do grupo de trabalho que discutiu o modelo, disse, em nota, que "certamente haverá repasse dos custos de introdução dos novos dispositivos, mas não temos ainda como quantificar esse valor, lembrando sempre que o comprador do veículo pode ou não ativá-los".Atualmente, as empresas que oferecem esses kits os comercializam por preços que variam entre R$ 200 e R$ 500, mais cerca de R$ 50 mensais pela assinatura dos serviços de rastreamento.
Uma das justificativas para a criação da medida é a possível diminuição do número de furtos de veículos e, consequentemente, do valor dos seguros. Mas a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) ainda não sabe qual será o efeito da mudança, apesar de apoiá-la. "Como a resolução não obriga o proprietário do veículo a ativar o dispositivo, as seguradoras aguardam o impacto da medida a partir da constatação da eficiência do sistema por meio da melhora dos índices de recuperação de veículos roubados", afirmou a entidade, em nota.Já o delegado Norberto Moraes, da Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas (Divecar), da Polícia Civil, afirma que a medida trará, sim, redução no número de ocorrências ligadas a carros. "Mas o marginal já tem meios de inibir esses sistemas", alertou. "Os fabricantes terão de oferecer sistemas eficientes." Ele disse ainda que, para coibir os furtos contra o patrimônio, as leis deveriam ser mais severas.
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