Por: Alex Viana
A arrecadação própria do Estado alcança recordes sucessivos. O governo, contudo, não consegue transformar os valores arrecadados em melhorias dos serviços de saúde, de segurança e de educação. Esta é a avaliação da ex-governadora Wilma de Faria, presidente estadual do PSB. Pelos cálculos da pessebista, o RN terá, ao final de 2012, uma arrecadação própria de R$ 10 bilhões. “É, realmente, muito expressiva. Em determinados meses de 2012, como junho, houve aumento de mais de 20% da arrecadação”, contabilizou. O Jornal de Hoje revelou ontem que o Governo Rosalba Ciarlini já arrecadou, nos 18 meses de gestão, mais de R$ 12 bilhões, o que corresponde a R$ 700 milhões por mês, ou mais de R$ 23 milhões diariamente nos cofres do Governo.
A arrecadação própria do Estado alcança recordes sucessivos. O governo, contudo, não consegue transformar os valores arrecadados em melhorias dos serviços de saúde, de segurança e de educação. Esta é a avaliação da ex-governadora Wilma de Faria, presidente estadual do PSB. Pelos cálculos da pessebista, o RN terá, ao final de 2012, uma arrecadação própria de R$ 10 bilhões. “É, realmente, muito expressiva. Em determinados meses de 2012, como junho, houve aumento de mais de 20% da arrecadação”, contabilizou. O Jornal de Hoje revelou ontem que o Governo Rosalba Ciarlini já arrecadou, nos 18 meses de gestão, mais de R$ 12 bilhões, o que corresponde a R$ 700 milhões por mês, ou mais de R$ 23 milhões diariamente nos cofres do Governo.
Segundo Wilma, o Estado tem feito um trabalho no sentido de arrecadar
mais, e, nesse esforço, aumentou alíquotas do ICMS em setores como
medicamentos e alimentação, o que também ajudou a incrementar a receita
própria. Apesar disso, segundo a ex-governadora, surge uma grande
contradição. “Afinal, por que o governo Rosalba arrecada tanto e os
serviços públicos são tão ruins?
“É contraditório. O que se reclama é da falta de recursos para
manutenção, para a parte de custeio. O excesso de arrecadação poderia
ser usado para isso. Mas o que vemos é um governo desaprovado em todos
os itens. Mais de 90% na saúde, mais de 80% na educação, mais de 80% na
segurança”, apresenta Wilma de Faria, que conclui: “O problema do
governo é problema de gestão”.
Direcionar o Estado para a terceirização da prestação dos serviços
públicos, como se está vendo agora na saúde, com a contratação da
empresa Marca para administrar o Hospital da Mulher, em Mossoró, é uma
dessas ações do governo apontadas por Wilma para justificar um desses
problemas de gestão. “Terceirização é cara. A administração de serviços
de saúde, por empresas privadas, é cara. É um dos itens que aumentam as
despesas na área e não estão resolvendo os problemas”, avaliou.
Segundo Wilma, o quadro, neste aspecto, que já está ruim, pode ainda
piorar. Isso porque há um projeto de lei, aprovado pela Assembleia
Legislativa, que permite a terceirização para praticamente todas as
áreas da administração. “Isso vai tornar mais caro o custeio do Estado”,
constata Wilma de Faria, dizendo que em seu governo (2003/2006 e
2007/2010), sua linha de atuação foi no sentido inverso. “Ao contrário. A
gente encontrou um hospital terceirizado que era o Hospital Maria Alice
Fernandes, que passou a ter gestão pública e funcionou muito bem. Era
privado, e nós transformamos em gestão pública”, recordou a
ex-governadora.
Wilma conclui afirmando que gostaria de conceder entrevistas
elogiando a melhorias dos serviços. “A população, porém, é que não está
vendo resultado no aumento da arrecadação e nos bons serviços prestados.
A população está reprovando todos os serviços prestados”, afirmou,
enfatizando que a expectativa de todos, quando há notícias de melhoria
da arrecadação e outros benefícios, como um aumento no preço do barril
de petróleo, é de que o governo reverta em melhorias para a população.
“A gente torce para que isso aconteça”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário