quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O POEMA DE AÇUDE.

" Como CASTRO ALVES, em VOZES D'ÁFRICA, eu, um açude moribundo, gemendo baixinho, tento, romper as barreiras de lama, qual correntes de ferro, a cortar as minhas entranhas, clamo: DEUS, OH! DEUS, ONDE ESTÁS, QUE NÃO RESPONDES ?  -   Eu já fui um açude cheio de vida. Era comparado a um oceano. Um mar de águas doces. Um arsenal de peixes. Matei a sede, matei a fome, e hoje me mataram. Oh! cruéis algozes, que não respeitam a Natureza, e fizeram de mim, um morto vivo. Sou um moribundo sem destino, um doente que não sara.  -  Mas, apesar, da ruina e da morte, onde acabam-se as ilusões, as forças dos meus sonhos, são tão fortes, que me comparo, ao sertanejo do escritor EUCLIDES DA CUNHA, luto e renasço e peço a DEUS, para que as minhas mãos, nunca fiquem vazias e ociosas. E mais ainda, buscando sempre, a força dos poetas, encho o peito e declamo: CHEGA DE TENTAR DISSIMULAR, E DISFARÇAR, O QUE NÃO DAR MAIS PRÁ ESCONDER, E EU NÃO POSSO ME CALAR: "EXPLODE CORAÇÃO". Não quero mais, ser um açude condenado, no seu leito de morte, apenas vislumbrando os seus carrascos. Quero enfrentá-los, posso até dizer que os amo, mesmo quando mentem, quando se declaram, AGRICULTORES. mesmo quando perdem a vergonha, de irem a público, dizerem que vão dar assistência ao homem do campo, que vão fazer projetos de irrigação. Vis mentirosos. Enganadores perversos. Compradores da consciência, dos tolos que ainda se deixam enganarem. Eu sou o ALECRIM , uma prova, do descaso e da perversidade, de uma administração desastrosa, que por oito anos, caiu sobre a nossa querida SANTANA DO MATOS. Eu sou o ALECRIM, o açude quase morto, que está sendo revitalizado, graças aos esforços, de quem na verdade, respeita a NATUREZA:  o prefeito ASSIS DA PADARIA. Esse velho açude, suplica, como num poema forte, saído do âmago de um moribundo, que não se enganem e não tragam de volta, o DESGOVERNO. E como um açude cansado e fragilizado, ainda tenho forças para clamar: santanenses, venham serem a minha voz, o meu canto de vitória, o meu verso mais singelo. Eu serei sertão, e quero me encher de novo, das águas caídas do céu. Quero ser a sede de um deserto árido. Quero ser a garganta, pela qual, o povo grita e clama.   -     Um novo tempo, começou prá mim, velho açude moribundo. A lua, ainda há, de vir banhar-se,  nas minhas águas cristalinas. E em troca, eu refletirei o seu brilho sereno. Não quero morrer. Não posso morrer. Porque ainda, não cumpri, todas as minhas promessas. Fui tolhido, fui maltratado, mas, desejo ser de novo,  um pequeno gigante. Um espelho dágua, para refletir as serras, as estrelas... Já fui a alegria das crianças, o lazer dos domingos festivos. Já fui o jantar, de pescadores famintos. Me chamo ALECRIM. E quero continuar sendo  ALECRIM, exalando o cheiro do alecrim. E já começo, a olhar o tempo, onde a VIDA passa. Quero ver a cidade me acender. Quero ser o espetáculo do amanhecer. Quero ser,  uma chuva de pétalas, que enfeita os jardins. E apesar de vocês, homens e mulheres do mal, "amanhã será outro dia". Serei um açude novo. Revitalizado, pelas mãos calosas, de um legítimo agricultor:ASSIS DA PADARIA.  E quero, diante de uma multidão atônita e maravilhada, me encher de novas águas, como se fossem lágrimas de emoção, de quem, de fato, venceu a morte, fazendo dos meus sonhos, os sonhos dos santanenses, que não querem a volta do desgoverno. Um povo, a NAÇÃO  40, que no dia sete de  outubro, diante da  urna, como um poeta inspirado, fará de  IONARA CELESTE, a legítima dona, dos destinos, do povo do município de Santana do Matos.  (esse poema do açude, vai ser taxado por alguns,  de besteirol, de mesmice, mas os que lutam, pela sustentabilidade do planeta ,vão entender. E é para esses que dedico esse texto)

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