quinta-feira, 29 de novembro de 2012

SAÚDE » Metade das mulheres apresentam infecção urinária pelo menos uma vez na vida

Correio Braziliense
 
Por pouco, a educadora física Tamara Faleiro não foi vítima de infecção generalizada, principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTIs) do país. Com febre alta, calafrios e muita dor na região da pélvis, Tamara foi internada em 2009 às pressas em um hospital de Belo Horizonte e, depois dos exames de sangue e urina, a equipe médica lhe deu o diagnóstico: infecção urinária (IU).
 
“Sempre foi algo que achava que era fácil de curar. Depois que passei por isso, descobri que é algo mais sério”, conta. Em 2011, a educadora física foi internada novamente pelo mesmo problema e, desde então, se trata com antibióticos. “Já tentei tirar o remédio, mas logo comecei a ter os mesmos sintomas”, lamenta.

O caso de Tamara não é raro. A infecção no trato urinário é a mais comum no ser humano, tendo como principal vítima as mulheres. A Associação Americana de Urologia estima que metade da população feminina sofra, ao menos uma vez na vida, desse mal. “É um problema extremamente comum. Sessenta e três por cento das mulheres já foram ou serão acometidas pela infecção urinária.
 
Há dois tipos mais frequentes: as cistites e as pielonefrites. A primeira é o que chamamos de infecção baixa, pois está restrita à bexiga e à uretra, caracteriza-se por dor ou ardência ao urinar, podendo ter presença de sangue na urina. Já as pielonefrites são geralmente quadros mais graves e se caracterizam pelo acometimento também dos rins. Nesses casos, há dor lombar, febre e um intenso mal-estar e pode evoluir para uma septicemia quando a infecção cai na corrente sanguínea”, explica o diretor do Núcleo de Nefrologia de Belo Horizonte e diretor institucional da Sociedade Mineira de Nefrologia, José Augusto Menezes.

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