O Hospital Monsenhor Walfredo
Gurgel (HMWG) registrou no último domingo (13), mais um quadro
preocupante de atendimentos a vítimas de acidentes com moto. Em menos de
duas horas, três pacientes precisaram ter membros amputados em virtude
de colisões entre automóveis e motocicletas. Os acidentes aconteceram em
localidades distintas do interior do Rio Grande do Norte.
A
primeira desses pacientes a dar entrada no hospital, às 18h45, foi uma
estudante, de 18 anos, moradora do município de São José do Mipibú (foto). A
jovem foi atendida no Walfredo Gurgel após a motocicleta do seu namorado
colidir com um carro. Em decorrência da forte pancada, ela teve a perna
esquerda amputada e precisou passar pela avaliação de três
especialidades: cirurgia vascular, ortopedia e neurocirurgia. Apesar do
quadro clínico delicado, ela respira sem a ajuda de aparelhos.
Em
seguida, às 19h15, um servente, de 28 anos, natural de Santo Antônio,
chegou ao hospital após também colidir a moto que pilotava com um carro.
Dos três acidentados, além de ser o que apresenta maior gravidade em
seu quadro de saúde, ainda teve a perna e o braço esquerdo amputados.
Ele chegou ao hospital com arritmia cardíaca, rebaixamento do nível de
consciência (coma) e, desde que foi internado, respira com a ajuda de
aparelhos.
A terceira vítima foi atendida às 20h30. Com 39
anos, a vítima foi um morador de Touros e, na colisão com um automóvel,
perdeu a perna esquerda. De acordo com a assessoria de comunicação do
hospital, o paciente ainda está desorientado devido ao acidente, mas não
faz uso de maquinário para respirar.
Atualmente, no Pronto
Socorro Clóvis Sarinho, a média de atendimentos a pacientes vitimados
por acidentes de moto gira em torno de 18 ocorrências diárias. A
diretora geral do HMWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, alerta que
“estamos testemunhando o crescente número de acidentes envolvendo moto. É
preciso que haja fiscalizações e punições mais rígidas. Os prejuízos
advindos dos acidentes não acabam com a alta do paciente, pois muitos
necessitam passar por um processo de readaptação em casa ou no trabalho.
Há, ainda, o custo previdenciário em razão de muitos ficarem
sequelados”.
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