O Sindsaúde pede aos servidores que estão nesta situação que procurem a entidade de classe. Foto: Divulgação
Como tudo começou
O governo estadual efetuou durante o mês de novembro um recadastramento dos servidores da saúde do estado visando encontrar servidores fantasmas e outros problemas que pudessem advir de maus funcionários. Após este recadastramento foram identificados cerca de 400 pessoas que não teriam respondido ao censo. Como várias delas procuraram a Secretaria de Administração e Recursos Humanos com seus respectivos comprovantes de cadastro foi aberta uma nova oportunidade para que estes servidores respondessem ao censo em 3 de janeiro de 2013.
Com o novo cadastro, 229 servidores regularizaram sua situação e iriam receber os pagamentos de dezembro e janeiro na próxima quarta-feira, 30. Entretanto, a notícia de que o secretário de administração Álber Nóbrega mandou suspender o pagamento destes servidores chegou ao Sindsaúde na sexta-feira, 25, e desde então contatos vem tentando ser mantidos e nada. Na manhã desta segunda-feira, 28, uma comissão do Sindsaúde e alguns servidores que foram prejudicados estiveram na Searh na tentativa de obter respostas, em vão.
Casos graves
O governo admitiu uma falha nos computadores da Searh no dia 23 de novembro, último dia do censo, das 8h30 às 10h30 e deu uma nova chance para os servidores. Quem conseguiu se regularizar recebeu os salários no dia 23 de janeiro. Entretanto a secretaria não admite outros erros graves. É o caso da nutricionista do Hospital Ruy Pereira, Maria Eleide, que cumpriu o censo no dia 19 de novembro, possui todos os comprovantes e não consta nos dados da secretaria. Ela refez o cadastramento no dia 3 de janeiro e corre o risco de ficar ainda sem pagamento.
Devido ao atraso nos salários ela diz que já esgotou suas opções de crédito como cheque especial e cartões de crédito. Quando procurou o banco para tentar fazer empréstimo foi informada que em seu cadastro consta como se ela tivesse sido desligada do estado. “Isso é um absurdo, pois eu estou trabalhando, inclusive Natal e feriados, cumpri tudo que o governo disse e não sei mais a quem apelar”, afirmou.
Há casos de aposentados também, que não deveriam sequer ter que responder a um censo como este, pois não são mais lotados em qualquer órgão ou hospital específico, e tiveram seus salários suspensos. O Sindsaúde tem ajudado os casos mais graves com cestas básicas.
O Sindsaúde pede aos servidores que estão nesta situação que procurem o sindicato para que possa ser tomada uma decisão coletiva para pressionar o governo e que mais pais e mães de família não venham a passar necessidades.
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