terça-feira, 30 de abril de 2013

'Tuberculose, aqui, não é novidade', diz diretora do maior presídio do RN


Atualmente 15 detentos estão em tratamento contra a doença em Alcaçuz.
Situação foi denunciada por juiz do RN, que suspeita de surto na unidade.

Penitenciária Estadual de Alcaçuz (Foto: Ricardo Araújo/G1)Para a diretora de Alcaçuz, maior penitenciária do Rio Grande do Norte, "a tuberculose não é novidade dentro da unidade". Atualmente, 15 presos estão sendo tratados com suspeitas de estarem com a doença. De acordo com Dinorá Simas, quando que ela assumiu a direção da penitenciária, há oito meses, já havia presos tuberculosos em Alcaçuz. “Quando cheguei aqui  já encontrei presos doentes”, confirmou. Neste período, pelo menos três presidiários precisaram ser internados em unidades de saúde. "Um deles ainda está no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal", acrescentou.
Dinorá contou ao G1 que tomou providências para evitar que a doença se alastre. "Os 15 apenados estão em tratamento de saúde. Eles foram isolados durante um período e receberem atendimento em unidades de saúde fora da penitenciária e agora são acompanhados por uma enfermeira", afirmou.
Os presos, segundo a diretora, já voltaram ao convívio com os demais detentos. “Eles continuam se medicando, mas a equipe médica já os liberarou e eles estão em contato com outros presos”, disse Dinorá. 
Surto
Dinorá Simas, diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz/RN (Foto: Ricardo Araújo/G1)“Sempre precisamos levar os presos para unidades de saúde. Como não temos aqui, o jeito é sair com eles, mesmo que comprometa a segurança. E ainda não temos previsão de ter uma equipe de saúde aqui”, relatou a diretora nesta segunda-feira (29), quando o juiz de Execuções Penais, Henrique Baltazar, divulgou a suspeita de surto.
Para o magistrado, “a situação é péssima, ainda mais agora com a suspeita deste surto de tuberculose. Tem que se melhorar a assistência médica nos presídios. É uma questão de saúde e de segurança. Mas eu entendo que é difícil, já que os hospitais públicos que atendem aos usuários que estão soltos também não funcionam bem. Imagine dentro dos presídios”, lamentou.
Igor Jácome
( Foto: Ricardo Araújo/ G1)
Do G1 RN 


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