sexta-feira, 21 de junho de 2013

NATAL: Sem lojas, bancos, serviços e ônibus

Marília Rocha - repórter

Os natalenses viveram um dia diferente ontem (20) após o anúncio de mais um dia de protestos pela redução das passagens de ônibus e melhoria dos serviços públicos. Participando ou não das manifestações,  eles tiveram a rotina alterada com a mudança no expediente das empresas privadas e dos órgãos públicos que fecharam as portas no início da tarde.
As escolas e faculdades também suspenderam as aulas alegando a dificuldade na mobilidade dos estudantes e funcionários na volta para casa. E foi exatamente isso que aconteceu. O fluxo de veículos do transporte público foi diminuído nas linhas urbanas de Natal e nas linhas intermunicipais, prejudicando o direito de ir e vir das pessoas.

No início da tarde,  já era possível ver o caos que realmente se formou nas paradas de ônibus em Natal. Na maior parada do centro da cidade, as pessoas se amontoavam no espaço apertado a espera de um ônibus.  A usuário do transporte coletivo, Kaliana da Silva contou as dificuldades que enfrentou. “Nós trabalhamos, pagamos impostos e merecemos respeito. Preciso ir para casa e não tem ônibus”, conta.

A situação piorou após às 15 horas quando os ônibus deixaram de circular nas principais vias da cidade, que estavam sendo usadas para o deslocamento alternativo ao local do protesto, na BR-101. Uma das vias mais prejudicada foi a Avenida Prudente de Morais que ficou mais de três horas sem circulação de veículos. A equipe da TRIBUNA DO NORTE conversou com uma senhora que andou durante quatro horas do bairro de Pirangi até Lagoa Nova porque não tinha ônibus circulando. “Eu trabalho em Pirangi e vim andando até aqui. Sigo agora até a zona Norte”, conta Andreia dos Santos.

Os comerciantes também reclamaram da mudança na rotina por causa dos protestos. Os mais exaltados eram os  empresários do setor alimentício que amargaram os prejuízos do fechamento antecipado do comércio. Para o empresário Ney Lauar, dono de uma lanchonete o pior é o prejuízo do que ele aina ia vender. “Eu tive dois prejuízos porque já tinha me programado com os lanches que são perecíveis e com o que deixei de vender.”

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