segunda-feira, 1 de julho de 2013

Maioria revela otimismo após as manifestações

As manifestações de rua das últimas semanas, apesar dos transtornos causados e do receio pela ação de vândalos infiltrados nos protestos, são bem vistas pela população. A maioria (87,9%), em Natal e  quatro outros municípios adjacentes, sente-se “representada” - total ou parcialmente – por quem saiu às ruas e quer prioridade no controle dos gastos públicos com mais atenção para os serviços básicos como saúde, educação e segurança, além de mais rigor para os crimes de corrupção. As manifestações também tiveram o efeito de gerar uma visão mais otimista em relação ao futuro do país, para 62,44%, e vão influir na forma como 63,72% definirá em quem votar nas eleições do próximo ano.

Essas são as principais conclusões de pesquisa realizada pela Certus, em parceria com a TRIBUNA DO NORTE, para saber como a população da Grande Natal está vendo os protestos de ruas que, a partir das reivindicações estudantis pela redução no valor das tarifas de ônibus urbanos e passe livre para os estudantes, têm mobilizado milhões de pessoas em todo o país e mudaram o cenário político e a agenda de governos e do Congresso Nacional. Com amplo apoio da maioria dos entrevistados (veja perfil da amostra na página 4), as duas maiores manifestações em Natal atraíram entre 15 mil pessoas (dia 20/06) e 10 mil (na última sexta-feira). As origens do movimento, entretanto, remontam a mais tempo. Há agosto de 2012, com as passeatas do “Fora Micarla” (ex-prefeita de Natal, afastada pela Justiça) e a “Revolta do Busão”, em maio deste ano, contra o reajuste no valor das tarifas de ônibus.

Entre os entrevistados, apenas 7,22% afirmaram já ter participado de alguma das manifestações ocorridas, mas entre os 92,78% que não saíram às ruas, mais da metade (55,23%) disse que se sente “totalmente representada” pelos manifestantes, contra 11,15% que afirmaram “totalmente não representados”. 32,76% disseram que se sentem apenas “parcialmente representados”.  O apoio dessa maioria que ficou em casa tende a ser maior entre os com nível de renda familiar acima de três salários mínimos. Parcela de entrevistados com renda familiar abaixo de três SM e aqueles que ganham mais de 10 salários formam a maioria dos que não se sentem representados nas manifestações.

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