terça-feira, 6 de agosto de 2013

Irmã e cunhado de F Gomes depõem no Juri e narram os últimos momentos do radialista antes de ser assassinado

irmã
“Jucileide solicitou que o acusado (Dão) fosse retirado da sala durante seu depoimento e teve a solicitação acatada.’
O júri de um dos acusados de participação na morte do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, começou com os depoimentos da irmã da comunicador, Jucileyde Medeiros Gomes, e o marido dela, Ronaldo Santiago da Silva. Nesta segunda-feira (5), ambos relataram o crime e disseram que não houve como os dois se defenderam da ação de João Francisco dos Santos, o Dão, assassino confesso de F. Gomes.
Primeira a depor, Jucileyde disse que estava na casa de F. Gomes junto com ele e o marido momentos antes do homicídio. Eles afirmaram que tinham o hábito de conversar na calçada da casa de F. Gomes e que a área sempre foi considerada segura. Porém, quando Jucileyde chamou o marido para ir embora, ocorreu o homicídio.
Ronaldo Santiago pegou capacete e chave da motocicleta para ambos deixarem a casa do radialista. “Tomei a bênção à minha mãe, que estava na casa dela, na outra calçada. Quando desci a calçada, uma moto chegou próximo a meu irmão. Pensei que era algum motociclista que ia entregar algum pedido. Achei a moto diferente. Quando olhei para a moto, vi que ele disparou o primeiro tiro, no peito”, relatou.
Após o tiro, a irmã de F. Gomes gritou pelo marido, que estava no outro lado da calçada, e chegou a pedir para o algoz parar com os disparos. “Eu atravessei a rua na inocência, e cheguei perto da moto, ele ainda estava atirando. Eu gritei: não faça isso não, infeliz”, disse, relatando ainda que  F. Gomes olhou para o meio da rua e ainda levantou os braços, “querendo dizer alguma coisa”. O bandido, após os disparos, fugiu na moto.
No seu depoimento, Ronaldo disse que F. Gomes não usava armas e que tinha o costume de pedir jornais ou lanches por moto-taxistas. Por isso, a chegada de Dão não surpreendeu as vítimas.
“Quando ia saindo na moto, chegou um moto-taxista. Era comum, porque ele pedia sempre para entregarem jornal, ou um lanche”. Quando vi, foi os tiros. O cidadão na moto de roupas escuras, com jaqueta de moto-táxi, parou na moto e atirou, sem falar nada. Não desligou nem a motocicleta”, disse.
Segundo a testemunha, F. Gomes era uma pessoa de hábitos pacatos. “A arma dele era o jornal, o radinho, o celular”, disse.
O júri prossegue durante a manhã e o resultado deve sair ainda hoje. Somente João Francisco dos Santos, o Dão, será julgado hoje. Laílson Lopes, conhecido como Gordo da Rodoviária, teve o júri adiado.tnonline (imagem: blog robsonpires)

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