A
advogada Kátia Nunes protocolou junto ao juiz da Vara de Execuções
Penais do Rio Grande do Norte um pedido de bloqueio das contas do
Estado, como forma de garantir que policiais militares detidos no
presídio militar tenham direito a alimentação. Ela explica que a unidade
está sem café da manhã, almoço e jantar.
Kátia Nunes informa que a situação está assim há pelo menos dez dias. “Eu mesma tive que fazer doação de
alimentos, bem como outros policiais militares. Os familiares nem
sempre podem levar comida e, por isso, hoje, o sargento Itagibá chegou a
desmaiar de fome”, comenta a advogada.
De acordo com Kátia, o Estado tem
obrigação de alimentar seus presos. “O Estado faz repasses para a Sejuc,
porém, o presídio militar está fora das atribuições da Sejuc e, por
isso, não recebe nenhum recurso. Por esse motivo, entrei com a
representação junto ao juiz Henrique Baltazar, solicitando o bloqueio os
recursos do Estado e destine, exclusivamente, o valor de R$ 20 mil por
mês para a manutenção do presídio militar”.
A advogada comenta que, além da
alimentação que está faltando, a unidade não dispõe, por exemplo, nem de
mesas nem de cadeiras para que as refeições sejam feitas de maneira
digna. “Se o Estado tem que prender, tem que ter também a obrigação de
manter. Atualmente, cerca de 30 policiais militares estão presos no
presídio militar”, afirma.
Kátia Nunes ressalta, porém, que a culpa
da falta de alimentação não é do Comando da Polícia Militar, tendo em
vista que a instituição não recebe recursos para isso. “A situação está
caótica, pois o Governo também não está fazendo o repasse dos vales
transportes dos policiais militares. Até mesmo os cavalos do BOPE estão
sem ração e estão morrendo de fome”, completa.
Fonte: Portal BO
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