Ainda segundo a polícia, a mãe do garoto
acordou por volta da 0h30 e ouviu barulhos vindos da cozinha de casa,
que passa por reformas e está sem porta. O pai dele levantou-se e pediu
em voz alta para que a pessoa se identificasse. Como não obteve
resposta, voltou ao quarto e pegou a arma de fogo. Já no quintal, o
homem não conseguiu identificar a criança e, acreditando se tratar de um
ladrão, efetuou um disparo com um revólver calibre 38. A arma estava
com a numeração correta, mas o comerciante não tinha o registro de
posse.
De acordo com o delegado Pedro Santana, o
comerciante deve ser indiciado por homicídio culposo (quando não há
intenção de matar). “A família disse que a criança era sonâmbula, mas
agora não será possível afirmar, com certeza, o sonambulismo. O
principal é que ele não teve a intenção de matar o filho, foi uma coisa
fatídica. Ele não sabia nem em quem estava atirando”, explicou,
acrescentando que o crime pode ser enquadrado como legítima defesa
putativa (onde o suspeito imagina estar reagindo contra uma agressão que
não existe).
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