O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa pilotos,
copilotos e comissários de voo, e o Sindicato Nacional das Empresas
Aeroviárias (Snea) voltam a se reunir amanhã (18) para discutir a
proposta feita aos trabalhadores. Na quinta-feira (19), em assembleia,
os aeronautas avaliam o andamento das negociações e decidem se entram em
greve no dia seguinte (20). No último dia 13, os trabalhadores
decidiram aprovar um indicativo de greve.
De acordo com o SNA, a proposta das empresas áreas prevê reajuste do
piso salarial em 7%, aumento de 5,6 % dos salários até R$ 10 mil e, em
valor fixo, elevação de R$ 560 dos salários acima de R$ 10 mil, além de
aumento de 8% no vale-refeição. O reajuste proposto no valor do
vale-alimentação e demais cláusulas econômicas é 5,60%.
A categoria pede 8% de reajuste nas cláusulas econômicas – a correção
da inflação e mais 2,2%, a título da produtividade. Os aeronautas
também querem avanços sociais, como aumento de folgas e a possibilidade
de o tripulante se locomover em aeronaves de outras empresas.
O diretor do SNA, José Adriano Castanho, reforçou que os
trabalhadores esperam alguma evolução durante as negociações para que a
categoria não precise entrar em greve. “Isso é ruim para o usuário, não
queremos fazer, mas, diante da intransigência das empresas, fica difícil
evitar. Entendemos que a época é ruim, mas a data-base das nossas
negociações é agora.”
De acordo com Castanho, a principal reivindicação dos trabalhadores
são as cláusulas sociais, e não a questão financeira. “Não temos
previdência privada e plano de saúde, queremos a organização das folgas,
já que ficamos disponíveis 11 horas por dia para voar e, muitas vezes,
voamos três horas e passamos o resto do tempo em quarto de hotel, sem
sermos aproveitados e sendo privados da convivência com a família, sem
receber pelas horas que ficamos em solo”, disse ele.
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