O estupro de mulheres e irmãs de detentos dentro do complexo
prisional de Pedrinhas, no Maranhão, denunciado por presos, não se
restringe ao interior da unidade.
Segundo denúncia recebida ontem pela OAB (Ordem dos Advogados do
Brasil), mulheres são violentadas em São Luís por ordens enviadas de
dentro do presídio.
As vítimas são principalmente mulheres do interior do Estado que
viajam à capital para visitar o marido e parentes em Pedrinhas, de
acordo com o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB,
Rafael Silva.
A ordem é dada, conforme a denúncia, por líderes de facções,
possivelmente por meio de celulares que entram escondidos na unidade.
Na semana passada, uma rebelião no local terminou com quatro mortos, sendo três deles decapitados.
Após a rebelião, a prisão foi visitada por uma comitiva do CNJ
(Conselho Nacional de Justiça), CNMP (Conselho Nacional do Ministério
Público), promotores e advogados.
Na visita, de 10 a 20 detentos relataram que mulheres de presos
ameaçados eram estupradas nas visitas ao presídio, disse o juiz do CNJ
Douglas de Melo Martins, coordenador do grupo que fiscaliza
penitenciárias.
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