O município de Ceará-Mirim, localizado a 28 quilômetros de Natal, não
irá mais participar do programa Mais Médicos do Governo Federal. O
descredenciamento foi determinado pela Comissão Estadual dos Programas
Provab e Mais Médicos da Secretaria da Saúde Pública (Sesap), após uma
nova vistoria nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade.
Júnior SantosUma das unidades, a de São Geraldo, no Centro de Ceará-Mirim está em situação crítica
De
acordo com a coordenadora da Comissão, Cláudia Frederico de Melo, não
foram constatadas melhorias nos postos onde os três médicos – dois
espanhóis e um boliviano – atuavam. “As unidades são muito precárias
para qualquer um de nós – profissionais - e para os cidadãos”, disse. A
primeira vistoria ocorreu no dia 13 de novembro, após a TRIBUNA DO NORTE
mostrar (em reportagem do dia 10 do mesmo mês) os problemas estruturais
e de gestão que comprometiam o atendimento dos pacientes, fatos que
foram denunciados pelos médicos espanhóis.
A reportagem mostrou os problemas de uma das unidades, a de São Geraldo, no Centro da cidade: a fachada não identifica o posto; buracos no teto, infiltrações; paredes quebradas e lixo infectante armazenado em local inadequado dividem o mesmo espaço com móveis enferrujados; falta de medicamentos e insumos; além de profissionais desmotivados. Os problemas foram identificados na vistoria pelos técnicos da Sesap; e melhorias solicitadas ao município. Um prazo de 90 dias foi dado para que as mudanças fossem realizadas. A Prefeitura de Ceará-Mirim pensou, primeiramente, em alugar uma casa no bairro para locar o posto de saúde. Contudo, segundo a titular da Secretaria de Saúde de Ceará-Mirim, Maria Elaine Bezerra, nenhuma casa apropriada foi encontrada no bairro. “Temos o dinheiro, mas não há casas boas no local para se colocar um novo posto de saúde”, disse. A Prefeitura, então, entrou com um processo licitatório para a construção de uma nova estrutura, contemplado no programa Requalifica UBS, do Ministério da Saúde (MS). Para a Sesap, o tempo para as melhorias foi dado e não se pode mais esperar para a construção de um novo posto. “O município não tem condição de manter o programa e teve tempo de justificar, mas não foram suficientes. Os próprios profissionais ficam angustiados”, justificou Cláudia de Melo. Quando os médicos chegaram ao município, pendências quanto a alimentação e moradia, também foram denunciadas ao Ministério da Saúde. Segundo a coordenadora, os problemas de aluguel, por exemplo, foram resolvidos e não têm a ver com o descredenciamento. Com a decisão, a cidade perde os três médicos que serão remanejados na segunda-feira para Natal. De acordo com o Prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto, três novos médicos serão contratados pelo município (valor não divulgado) para assumir as funções dos estrangeiros. Ceará-Mirim é o primeiro caso de município retirado do Programa Mais Médicos no RN. “Esse é o único caso que apareceu e deixou a gente triste de não ter superado o problema. É isolado, e esperamos que seja assim”, disse a coordenadora. Cláudia Frederico também explicou que, no momento, um novo credenciamento não está previsto.
A reportagem mostrou os problemas de uma das unidades, a de São Geraldo, no Centro da cidade: a fachada não identifica o posto; buracos no teto, infiltrações; paredes quebradas e lixo infectante armazenado em local inadequado dividem o mesmo espaço com móveis enferrujados; falta de medicamentos e insumos; além de profissionais desmotivados. Os problemas foram identificados na vistoria pelos técnicos da Sesap; e melhorias solicitadas ao município. Um prazo de 90 dias foi dado para que as mudanças fossem realizadas. A Prefeitura de Ceará-Mirim pensou, primeiramente, em alugar uma casa no bairro para locar o posto de saúde. Contudo, segundo a titular da Secretaria de Saúde de Ceará-Mirim, Maria Elaine Bezerra, nenhuma casa apropriada foi encontrada no bairro. “Temos o dinheiro, mas não há casas boas no local para se colocar um novo posto de saúde”, disse. A Prefeitura, então, entrou com um processo licitatório para a construção de uma nova estrutura, contemplado no programa Requalifica UBS, do Ministério da Saúde (MS). Para a Sesap, o tempo para as melhorias foi dado e não se pode mais esperar para a construção de um novo posto. “O município não tem condição de manter o programa e teve tempo de justificar, mas não foram suficientes. Os próprios profissionais ficam angustiados”, justificou Cláudia de Melo. Quando os médicos chegaram ao município, pendências quanto a alimentação e moradia, também foram denunciadas ao Ministério da Saúde. Segundo a coordenadora, os problemas de aluguel, por exemplo, foram resolvidos e não têm a ver com o descredenciamento. Com a decisão, a cidade perde os três médicos que serão remanejados na segunda-feira para Natal. De acordo com o Prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto, três novos médicos serão contratados pelo município (valor não divulgado) para assumir as funções dos estrangeiros. Ceará-Mirim é o primeiro caso de município retirado do Programa Mais Médicos no RN. “Esse é o único caso que apareceu e deixou a gente triste de não ter superado o problema. É isolado, e esperamos que seja assim”, disse a coordenadora. Cláudia Frederico também explicou que, no momento, um novo credenciamento não está previsto.
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