segunda-feira, 31 de março de 2014

Assessor de Marina Silva: “Henrique Alves representa o que há de pior na política”

"Henrique Alves é da turma do Eduardo Cunha, a figura que mais representa o atraso e os vícios da política nacional"


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O receio de parecer o lançamento de uma candidatura antes do período permitido não foi o único motivador das respostas evasivas da ex-governadora Wilma de Faria no evento do PMDB nesta sexta-feira, no hotel Praiamar. O fato é que o partido dela, o PSB, ainda não aceitou a desistência de Wilma da disputa pelo Governo do Estado e, aceitou menos ainda, a aliança com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PMDB.
A situação seria tão grave que Wilma teria até comunicado a Henrique que estava com dificuldades para convencer a Executiva Nacional peessebista, segundo noticiou o jornal Estadão. A informação, inclusive, justifica a evasividade de Wilma nas respostas quando questionada se a presença dela no evento do PMDB, confirmava o apoio do PSB e a pré-candidatura dela ao Senado. “Estamos conversando, analisando, e vamos continuar assim na próxima semana”, respondeu Wilma.
A notícia sobre essa resistência está no site do jornal Estadão de São Paulo. Segundo o dirigente do partido, Carlos Siqueira, a presença do PSB na composição não tem ainda o aval da cúpula partidária. “Apesar da aproximação estadual com o PMDB, a aliança ainda tem de passar pela chancela da Executiva Nacional. E se isso fosse hoje, não seria aprovado”, disse.
O portal Nominuto também comentou o fato, ressaltando que o PSB não só não teria aceito a candidatura de Wilma ao Senado, como também não resiste a uma aliança com Henrique Eduardo Alves. “Henrique Alves representa o que há de pior na política brasileira e isso vai de encontro ao discurso da nova política que Eduardo Campos e Marina estão apresentando ao Brasil neste momento”, declarou o assessor de Marina Silva. “Henrique Alves é da turma do Eduardo Cunha, a figura que mais representa o atraso e os vícios da política nacional”, acrescentou.
Por sinal, em entrevista antes do evento, a deputada estadual Marcia Maia, filha de Wilma e também integrante do PSB, confirmou que o partido ainda está analisando a situação da ex-governadora e da aliança com o PMDB. Segundo ela, está sendo levado para a cúpula nacional do partido o mesmo discurso que é falado para o eleitor, de que as alianças são consequência do desejo dos partidos de se unir para tirar o Rio Grande do Norte da crise. Ao que parece, no entanto, nem a Executiva do próprio partido, Wilma conseguiu convencer com essa fala, até agora.
SILÊNCIO
Enquanto Wilma evitou confirmar a condição de pré-candidata ao Senado e, até, o apoio ao PMDB, o deputado federal João Maia silenciou sobre a presença dele na chapa encabeçada por Henrique, na condição de candidato a vice-governador. E manteve o silêncio mesmo diante de várias perguntas dos jornalistas presentes. João Maia olhava para os jornalistas e sorria.
O máximo que falou sobre o assunto foi quando questionado quando ele confirmaria a condição de pré-candidato a vice. “Só no dia 5″, comentou, sendo questionado, em seguida, do porque então não anunciava logo no evento que era o nome da aliança para o cargo. “Porque hoje não é o dia 5″, justificou.

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