Fãs
de todas as idades se reuniram nesta sexta-feira para a inauguração da
exposição “Ayrton Senna Sempre”, no shopping Villa Lobos, em São Paulo. A
homenagem relembra a passagem do tricampeão mundial de Fórmula 1 pela
equipe Lotus e faz parte das comemorações dos 20 anos de seu legado.
Neste 21 de março, Senna completaria 54 anos de idade.
Passaram pelo local desde crianças de cinco anos, que
jamais viram o ex-piloto em ação, até idosos de mais de 70, que tiveram a
oportunidade de acompanhar toda a carreira do ídolo.Patrícia, de 40
anos, aproveitou o tempo que tinha antes de levar à escola o filho
Gabriel, de 8 anos, e fez uma visita. “Eu era muito fã. Agora eu mostro
pra ele, para que também saiba quem o Senna foi. Tenho muitas fitas em
VHS, principalmente das corridas na chuva”, disse.
Glauber, de 35
anos, conta que foi Senna quem despertou nele a paixão por velocidade.
“Fui piloto de kart e a partir de 1988 passei a acompanhar a carreira
dele. Ele foi meu ídolo, é o cara que eu tenho como espelho. Ele é uma
referência de conquista e dedicação. Ele representa isso para o Brasil",
falou.
“Para mim, ele vai ser sempre o melhor. Não
adianta números e recordes, como o Schumacher tem. Ele foi o melhor
piloto disparado”, analisou o fã, alimentando a eterna rixa com outro
ídolo nacional. “Eu não gosto do Piquet. Tem os Sennistas e o
Piquetistas. Não é para criticar o Piquet. Acho que eles eram pilotos
diferentes, mas o Senna vai ser sempre muito melhor que o Piquet para
mim”.
Já Marco, de 50 anos, celebrou o legado do
piloto, principalmente sua preocupação com a educação no Brasil,
refletida na criação do Instituto Ayrton Senna.
“Na
época do Senna sempre acordava de madrugada para ver as corridas, não
podia perder nenhuma. Ver o replay depois não valia a pena. Você tinha
que ter a sensação na hora, estar ali sofrendo, torcendo”, afirmou
Marco.
“O Senna foi um grande esportista, claro, mas procurei
tirar mais as coisas do lado humano, o lado correto. Um ser humano que
se preocupava com os outros, com os menos favorecidos. Você vê hoje aí o
que o Instituto Ayrton Senna faz pela educação. Quer dizer, já naquela
época ele se preocupava com educação. E olha para você ver hoje a
educação do nosso país como é que está”, completou o torcedor.
O
fã falou ainda que, para ele, a F1 acabou naquele fatídico 1º de maio
de 1994. “Foi um dia que eu fiquei... Fiquei dentro de casa na frente da
TV. Aquele dia ali acabou. Foi o fim. Ali você viu ele ir embora os
espetáculos que a gente tinha aos domingos. Porque, para mim, depois
dele a F1 não é mais a mesma”, contou.
Estão em exposição os capacetes utilizados por
Ayrton em seus tempos de kart; o da primeira vitória de sua carreira, no
GP de Portugal de 1985; e o do GP do Brasil de 1994, quando o
brasileiro já corria pela Williams. Estão também disponíveis os troféus
dos três títulos mundiais conquistados pelo brasileiro em 1988, 1990 e
1991, já em seus tempos de McLaren.
Além disso, o público pode ver
de perto as taças dos dois primeiros triunfos de Senna – o primeiro de
Portugal e outro do GP dos Estados Unidos, ambos de 1985. A maior
atração, no entanto, é a Lotus dirigida pelo piloto em toda esta
temporada da F1.
Na parte interativa do eventos, os fãs podem
assistir a uma mensagem motivacional de Ayrton e à última entrevista
antes do acidente fatal em Ímola. Há ainda um mural em que os visitantes
podem deixar recados para o piloto.
A exposição acontece até o
dia 21 de abril e funcionará de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h; e
aos domingos e feriados, das 12h às 20h.
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