“Deus me deu uma segunda chance na vida. Pensei que ia morrer, mas nasci novamente”. A frase é da estudante Daniela Ávila, 24 anos, e resume o sentimento de alívio após passar por episódio traumático que a deixou em estado de desespero. Daniela era uma das 44 pessoas que estavam no voo OC 6393 da empresa aérea Avianca que realizou um pouso de emergência na última sexta-feira. O voo saiu de Petrolina/PE com destino ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília.
Na
manhã dessa segunda-feira, em entrevista exclusiva à TRIBUNA DO NORTE, a estudante
contou como foram os momentos de medo, apreensão e alívio que se
sucederam no final da tarde daquele dia. Além dos 44 passageiros, 5
tripulantes estavam a bordo.
Natural de Belo Horizonte/MG, Daniela mora na capital potiguar há seis anos onde cursa Medicina numa universidade particular. Desde fevereiro passado, a estudante foi três vezes à Brasília/DF visitar o namorado que está realizando um curso de formação na Academia da Polícia Federal. “Por questões econômicas, preferi comprar a passagem saindo de Pernambuco. Fui de ônibus até Recife e, de lá, embarquei para Petrolina onde fiz a conexão para Brasília. Nessas condições, a passagem estava bem mais em conta”, disse.
O voo saiu de Petrolina às 15h. Durante a maior parte da viagem prevista para encerrar às 17h30, não houve nenhum imprevisto. No entanto, por volta das 16h30, o piloto Eduardo Verly avisou que algo estava errado. “A primeira mensagem do comandante foi avisando que havia um problema no trem de pouso dianteiro, mas que não era grave. A única dificuldade seria a impossibilidade de taxiamento em solo”, contou Daniela. “Ninguém achou estranho ou ficou preocupado. A viagem seguiu normalmente”, completou.
Dez minutos depois, a voz do comandante interrompeu a viagem. “Ele disse que iria tentar resolver o problema do trem de pouso fazendo algumas curvas”, contou. A partir daí, o piloto começou uma sequência de manobras na tentativa de destravar o trem de pouso. “As manobras eram bem fortes. Deu um pouco de medo, nesse momento”, disse.
Mensagem aos passageiros
A ação do piloto durou cerca de dez minutos e não produziu o efeito desejado. Foi aí que, mais uma vez, o comandante trouxe uma nova mensagem aos passageiros e tripulação. “Como as manobras não deram certo, o piloto avisou que faríamos um pouso de emergência. Para diminuir o perigo de explosão, ia sobrevoar Brasília e, assim, gastar combustível. Os comissários pediram para a gente tirar todos os objetos que pudessem nos machucar, inclusive, sapato alto. Tirei tudo e coloquei na bolsa. Nessa hora, comecei a chorar e rezar”, lembrou.
O piloto voltou a se comunicar com os passageiros e tripulação cinquenta minutos depois. Antes disso, como revelam as notícias divulgadas pela imprensa, Eduardo Verly comunicou o problema à torre de comando do aeroporto Juscelino Kubitscheck. “Ele avisou que ia pousar e deveríamos ficar na posição que os comissários ensinaram. Quando flexionei minhas pernas, um filme passou pela minha cabeça. Pensei que ia morrer. Lembrava do meu pai, do meu namorado, amigos. Já imaginava como eles reagiriam à notícia. Pensava nisso, rezava e chorava”.
O avião pousou na pista às 17h55 primeiramente com o trem de pouso traseiro. De acordo com Daniela, o primeiro toque no solo foi tranquilo. “Pensei que tudo já tinha acabado e já ia comemorar”, disse. Mas, logo em seguida, a “barriga” da aeronave tocou o solo e assustou a todos. “O barulho era muito alto. Parecia um prédio desabando. O teto cedeu um pouco. Fiquei com muito medo do avião se partir ou explodir”. Poucos segundos depois, o avião estava parado. O cheiro de queimado assustou ainda mais os passageiros. Em seguida, o piloto abriu a cabine, perguntou se todos estavam bem e cinco bombeiros subiram.
Socorro imediato
“Eles vieram logo me socorrer. Acho que eu era a mais nervosa. Estava doida para sair dali. Se fosse preciso, pularia”, contou Daniela. O socorro foi prestado de forma imediata. Os passageiros saíram da aeronave pela rampa inflável e, na sequência, encaminhados para uma sala reservada no aeroporto.
Daniela contou ainda que, em solo, a empresa aérea prestou a assistência necessária. Ninguém ficou ferido. Apenas o co-piloto precisou de atendimento médico pois sentiu dores na coluna.
Apesar do episódio traumático, a estudante teve que, dois dias depois, embarcar em um novo voo de volta à Natal. “Fiquei com um pouco de medo, mas tinha que voltar”, disse. “Desse episódio, tiro a conclusão de que Deus me deu uma segunda chance. Graças a Ele e ao piloto, estou viva”, disse aliviada. Pelo Facebook, a estudante enviou uma mensagem de agradecimento ao piloto. A Deus, agradeceu em oração.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está apurando o acidente. Não há um prazo estabelecido para encerramento da investigação. Entre as possibilidades para o problema no trem de pouso estão: falha mecânica, hidráulica ou elétrica.
Natural de Belo Horizonte/MG, Daniela mora na capital potiguar há seis anos onde cursa Medicina numa universidade particular. Desde fevereiro passado, a estudante foi três vezes à Brasília/DF visitar o namorado que está realizando um curso de formação na Academia da Polícia Federal. “Por questões econômicas, preferi comprar a passagem saindo de Pernambuco. Fui de ônibus até Recife e, de lá, embarquei para Petrolina onde fiz a conexão para Brasília. Nessas condições, a passagem estava bem mais em conta”, disse.
O voo saiu de Petrolina às 15h. Durante a maior parte da viagem prevista para encerrar às 17h30, não houve nenhum imprevisto. No entanto, por volta das 16h30, o piloto Eduardo Verly avisou que algo estava errado. “A primeira mensagem do comandante foi avisando que havia um problema no trem de pouso dianteiro, mas que não era grave. A única dificuldade seria a impossibilidade de taxiamento em solo”, contou Daniela. “Ninguém achou estranho ou ficou preocupado. A viagem seguiu normalmente”, completou.
Dez minutos depois, a voz do comandante interrompeu a viagem. “Ele disse que iria tentar resolver o problema do trem de pouso fazendo algumas curvas”, contou. A partir daí, o piloto começou uma sequência de manobras na tentativa de destravar o trem de pouso. “As manobras eram bem fortes. Deu um pouco de medo, nesse momento”, disse.
Mensagem aos passageiros
A ação do piloto durou cerca de dez minutos e não produziu o efeito desejado. Foi aí que, mais uma vez, o comandante trouxe uma nova mensagem aos passageiros e tripulação. “Como as manobras não deram certo, o piloto avisou que faríamos um pouso de emergência. Para diminuir o perigo de explosão, ia sobrevoar Brasília e, assim, gastar combustível. Os comissários pediram para a gente tirar todos os objetos que pudessem nos machucar, inclusive, sapato alto. Tirei tudo e coloquei na bolsa. Nessa hora, comecei a chorar e rezar”, lembrou.
O piloto voltou a se comunicar com os passageiros e tripulação cinquenta minutos depois. Antes disso, como revelam as notícias divulgadas pela imprensa, Eduardo Verly comunicou o problema à torre de comando do aeroporto Juscelino Kubitscheck. “Ele avisou que ia pousar e deveríamos ficar na posição que os comissários ensinaram. Quando flexionei minhas pernas, um filme passou pela minha cabeça. Pensei que ia morrer. Lembrava do meu pai, do meu namorado, amigos. Já imaginava como eles reagiriam à notícia. Pensava nisso, rezava e chorava”.
O avião pousou na pista às 17h55 primeiramente com o trem de pouso traseiro. De acordo com Daniela, o primeiro toque no solo foi tranquilo. “Pensei que tudo já tinha acabado e já ia comemorar”, disse. Mas, logo em seguida, a “barriga” da aeronave tocou o solo e assustou a todos. “O barulho era muito alto. Parecia um prédio desabando. O teto cedeu um pouco. Fiquei com muito medo do avião se partir ou explodir”. Poucos segundos depois, o avião estava parado. O cheiro de queimado assustou ainda mais os passageiros. Em seguida, o piloto abriu a cabine, perguntou se todos estavam bem e cinco bombeiros subiram.
Socorro imediato
“Eles vieram logo me socorrer. Acho que eu era a mais nervosa. Estava doida para sair dali. Se fosse preciso, pularia”, contou Daniela. O socorro foi prestado de forma imediata. Os passageiros saíram da aeronave pela rampa inflável e, na sequência, encaminhados para uma sala reservada no aeroporto.
Daniela contou ainda que, em solo, a empresa aérea prestou a assistência necessária. Ninguém ficou ferido. Apenas o co-piloto precisou de atendimento médico pois sentiu dores na coluna.
Apesar do episódio traumático, a estudante teve que, dois dias depois, embarcar em um novo voo de volta à Natal. “Fiquei com um pouco de medo, mas tinha que voltar”, disse. “Desse episódio, tiro a conclusão de que Deus me deu uma segunda chance. Graças a Ele e ao piloto, estou viva”, disse aliviada. Pelo Facebook, a estudante enviou uma mensagem de agradecimento ao piloto. A Deus, agradeceu em oração.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está apurando o acidente. Não há um prazo estabelecido para encerramento da investigação. Entre as possibilidades para o problema no trem de pouso estão: falha mecânica, hidráulica ou elétrica.
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