repórter
O número de arrombamentos em
agências bancárias e caixas eletrônicos acometidos nestes três primeiros
meses de 2014, já representa 24% do que foi registrado ano passado. As
ocorrências com uso de explosivo alcançam mais da metade do ocorrido em
2013. Ao todo, foram 12 ocorrências no Estado, sendo 10 com uso de
explosivos e as outras duas com maçaricos. Em 2013, o registro total foi
de 46 arrombamentos, sendo 19 com explosivos. Este último ano havia
encerrado com quantidade de ocorrências crescente, em relação a 2012,
quando se registrou 36 ataques de quadrilhas em assalto a banco,
destes, 12 utilizando explosivos. Os dados são de levantamento realizado
pela TRIBUNA DO NORTE.
O
último caso registrado aconteceu em Campo Grande, município do Alto
Oeste do RN, na madrugada de ontem, por volta de 1h. O alvo foi uma
agência do Banco do Brasil, onde os criminosos explodiram caixa
eletrônico, levaram dinheiro e ainda saíram atirando nas ruas da cidade.
Parte do grupo foi até os dois policiais militares de plantão e
renderam ambos enquanto ocorria o assalto. Foi solicitado reforço à PM
dos municípios de Caraúbas e Assu, que montaram barreiras nas estradas,
mas não foi possível prender os assaltantes, que fugiram para destino
incerto.
A maneira de agir deste caso se assemelha às outras 12. Uma quadrilha, durante a madrugada, com forte armamento para arrombamento, e por vezes, com troca de tiros na saída do banco. O alvo, dentro das agências, são os caixas eletrônicos, ou cofres. As similaridades expandem também os limites geográficos. Nesta última quinta-feira, 3, ocorreram outras cinco ações contra banco no Nordeste: em Pernambuco, Sergipe, Maranhão e dois no Piauí – todos com uso de explosivo.
Segundo o comandante geral da polícia militar, Francisco Canindé Araújo, para combater estas ações é preciso uma integração do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública; as polícias Militar, Civil, Federal; e até o Exército no sentido de controlar, mapear e inibir a venda e estocagem de explosivos.
A maneira de agir deste caso se assemelha às outras 12. Uma quadrilha, durante a madrugada, com forte armamento para arrombamento, e por vezes, com troca de tiros na saída do banco. O alvo, dentro das agências, são os caixas eletrônicos, ou cofres. As similaridades expandem também os limites geográficos. Nesta última quinta-feira, 3, ocorreram outras cinco ações contra banco no Nordeste: em Pernambuco, Sergipe, Maranhão e dois no Piauí – todos com uso de explosivo.
Segundo o comandante geral da polícia militar, Francisco Canindé Araújo, para combater estas ações é preciso uma integração do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública; as polícias Militar, Civil, Federal; e até o Exército no sentido de controlar, mapear e inibir a venda e estocagem de explosivos.
Os explosivos fortemente usados nos arrombamentos são coibidos, por
vezes, ainda nas rodovias federais. Em 2013 foram apreendidos mais de
800kg de explosivos, nas rodovias entre o RN, Ceará e Paraíba, com
pessoas suspeitas – que tinham mandado de prisão em aberto por roubo, ou
estavam sob investigação. Não há registros de apreensões para 2014 na
Polícia Rodoviária Federal.
A interestadualidade é outra
característica peculiar a este crime, de assalto a bancos. Para
delegado Rubens França, chefe Regional de Investigação e Combate ao
Crime Organizado da Polícia Federal, é o misto interestadual dos
componentes da quadrilha que dificulta as investigações. “Geralmente
eles não são de um lugar só. São de estados diferentes e se encontram
para fazer os assaltos”, relata.
Diante da frequência dos casos
no RN, o delegado Rubens França acredita que a situação do Estado pode
ser considerada “quase como preocupante”. “Até tempos atrás, o Rio
Grande do Norte tinha um número de casos insipiente, quase irrelevantes.
De um ano para cá aumentou, e se continuar desse jeito, o Estado vai
acabar numa situação preocupante”, diz.
Está sob a competência da
PF apenas as propriedades públicas, no caso as agências da Caixa
Econômica Federal e Correios, porém, segundo o delegado, as quadrilhas
não escolhem banco, “escolhem a situação mais favorável. Essas
investigações convergem”. No ano de 2013, foram abertos 51 inquéritos
federais para investigação de assaltos às agências de Correios, e 8 a
ocorrências na Caixa. Agora em 2014 já se registra 11 inquéritos de
Correios, e 5 da Caixa.
Rayane MainaraCurva crescente de explosões já preocupa PF, afirma Rubens França
Bate-papo - Rubens França
Chefe da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado
Como atua a Polícia Federal nos casos de arrombamentos e assaltos a bancos por quadrilhas?
A
Polícia Federal atua na área de investigação e inteligência, e durante
todo esse processo algumas prisões são feitas. Normalmente fora do
Estado.
Qual a principal dificuldade destas investigações?
É
a caraterística de se juntarem só para fazer os assaltos, e se
encontrarem vindo de outros estados. Daí, precisamos atuar da mesma
forma, não apenas em um só lugar, mas com coordenações repartidas nos
estados.
Que empresas estão sob responsabilidade de investigação da PF?
Nós
temos competência só com os crimes cometidos contra empresas públicas,
mas na realidade essas investigações convergem. A quadrilha que faz
assalto na Caixa Econômica Federal, também faz no Banco do Brasil. A
quadrilha não escolhe banco, escolhe a situação mais favorável, o lugar
com menos segurança.
De que maneira a PF atua na prevenção deste crime?
A forma com prevenção é o setor de inteligência. Com as informações que se tem, tentamos prender antes da execução do crime.
Em relação ao Brasil, como se comporta o RN em importância destes casos?
Até
tempos atrás, os casos no RN eram insipientes, quase como irrelevantes.
De um ano para cá, o Estado pode ser considerada quase como
preocupante, pois têm ocorrências constantes. Se continuar desse jeito, o
Estado vai acabar numa situação preocupante.
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