sábado, 3 de maio de 2014

Bodó: 'PM não nos deu atenção', diz mãe de doente mental estuprada

A Polícia Civil investiga denúncias contra um homem suspeito de ter estuprado uma jovem de 18 anos nesta última quarta-feira (30) na zona rural de Bodó, município distante 135 quilômetros de Natal, e também apura a conduta de policiais militares que atuam na cidade. A vítima, segundo a família dela, tem problemas mentais. Em entrevista ao G1, a mãe da jovem afirma que a Polícia Militar foi avisada do crime, mas os soldados teriam se recusado a atender a ocorrência porque a delegada da região não estaria na cidade.
“Eles mentiram para a mãe da garota. Em nenhum momento recebi qualquer ligação destes policiais. E eles também não ligaram para o delegado de plantão, que fica em Caicó. Agora, como não houve flagrante, o suspeito está solto. Vou instaurar um inquérito para apurar a conduta destes policiais militares e comunicar o ocorrido à Justiça”, afirmou a delegada Paoulla Maués. Ela reside na cidade de Santana do Matos, que fica a pouco mais de 25 quilômetros de Bodó.
Por telefone, o capitão Moacir Galdino, comandante da PM responsável pela região de Bodó, admitiu que não estava sabendo do fato, mas que irá procurar os policiais envolvidos para também apurar o que aconteceu.
A mãe da jovem, que pediu para não ser identificada, contou que após a recusa dos policiais militares, conseguiu falar com a delegada na manhã desta sexta (2). “Quando eu fui ao destacamento da PM, onde também funciona a delegacia, os soldados não me deram atenção e disseram que não podiam fazer nada porque a delegada não estava de plantão. Mas eu consegui falar com ela hoje. A delegada me disse que não foi avisada sobre o caso. É uma situação muito constrangedora ter uma filha violentada, procurar a Polícia Militar e ter o socorro negado. Me senti diminuída”, declarou.
Sobre o estupro, a mãe contou que a filha saiu de casa para se encontrar com o suspeito, com quem havia passado o dia conversando. “Ela saiu durante a madrugada e não demos conta. Perguntei para minha outra filha onde a irmã estava e ela disse que não sabia. Por volta das 3 horas ela voltou muito abatida e triste. Tentei conversar, mas ela não conseguia falar nada”, relatou a mulher.

Fonte: G1 RN

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