Genebra (AE) - Pela segunda vez na história, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) decreta emergência sanitária global por causa do
risco de contágio por uma doença. Após detectar casos de poliomielite em
mais de uma dezena de países, o Comitê de Emergência da entidade
anunciou ontem, a decisão de emitir o alerta mundial. A primeira
emergência foi decretada em 2009, com a gripe A. Apesar de as
notificações de poliomielite estarem principalmente na África, Oriente
Médio e Ásia, a OMS optou por decretar o estado de emergência como forma
de combater sua proliferação e evitar que a doença chegue a países que,
com esforços de anos e milhões de dólares gastos em prevenção,
conseguiram erradicá-la.
Para
a OMS, os novos surtos são “eventos extraordinários e que exigem uma
resposta internacional coordenada”. “As condições para declarar uma
emergência internacional de saúde pública foram preenchidas”, afirmou
Bruce Aylward, vice-diretor da entidade. Depois de paralisar milhões de
pessoas pelo mundo, os casos foram reduzidos em 99% desde 1988. O vírus
estava prestes a ser declarado como extinto há três anos. Conflitos
armados em algumas regiões e a falta de investimentos em outras, no
entanto, abriram as portas para a volta da doença. “Conflitos fazem com
que as campanhas de vacinação de crianças se transformem em operações
difíceis”, disse David Heymann, professor da Escola de Medicina Tropical
e Higiene de Londres. “A erradicação se transformou em algo mais
difícil do que imaginávamos.”
O risco, desta vez, é que com a facilidade de contatos e de viagens, o vírus tenha maior chance de chegar a novas regiões. Os principais focos da nova onda da doença são Paquistão, Camarões e Síria. A recomendação a esses governos é que não permitam a saída de cidadãos sem que estejam vacinados. Com a guerra na Síria e diante dos mais de 3 milhões de refugiados, por exemplo, a OMS reconhece que portadores do vírus já estejam em outros países.
Outro centro da atenção é o Paquistão. Em 2012, um total de 223 casos foram identificados no mundo. O número foi o mais baixo já registrado. Mas, em 2013, esse número já chegou a 417. Nos quatro primeiros meses deste ano, já são 74 casos - 59 no Paquistão.
A maior preocupação da OMS é que nas cidades paquistanesas nem sequer começou a temporada do ano em que os casos são mais frequentes. Parte do projeto de vacinação foi afetada depois que o governo americano usou um agente disfarçado de médico para vacinar as crianças de uma casa que, depois, se descobriria como o esconderijo de Osama Bin Laden.
Rumores de que a vacina causava perda de fertilidade também atrapalham o processo. Apenas em 2013, mais de 20 médicos que percorriam o país foram assassinados, além de nove policiais que faziam a segurança de centros de vacinação.
Entre as recomendações, a OMS pede que os países afetados ampliem as campanhas de vacinação e deem às pessoas que estejam viajando documentos que identifiquem se elas foram de fato imunizadas.
O risco, desta vez, é que com a facilidade de contatos e de viagens, o vírus tenha maior chance de chegar a novas regiões. Os principais focos da nova onda da doença são Paquistão, Camarões e Síria. A recomendação a esses governos é que não permitam a saída de cidadãos sem que estejam vacinados. Com a guerra na Síria e diante dos mais de 3 milhões de refugiados, por exemplo, a OMS reconhece que portadores do vírus já estejam em outros países.
Outro centro da atenção é o Paquistão. Em 2012, um total de 223 casos foram identificados no mundo. O número foi o mais baixo já registrado. Mas, em 2013, esse número já chegou a 417. Nos quatro primeiros meses deste ano, já são 74 casos - 59 no Paquistão.
A maior preocupação da OMS é que nas cidades paquistanesas nem sequer começou a temporada do ano em que os casos são mais frequentes. Parte do projeto de vacinação foi afetada depois que o governo americano usou um agente disfarçado de médico para vacinar as crianças de uma casa que, depois, se descobriria como o esconderijo de Osama Bin Laden.
Rumores de que a vacina causava perda de fertilidade também atrapalham o processo. Apenas em 2013, mais de 20 médicos que percorriam o país foram assassinados, além de nove policiais que faziam a segurança de centros de vacinação.
Entre as recomendações, a OMS pede que os países afetados ampliem as campanhas de vacinação e deem às pessoas que estejam viajando documentos que identifiquem se elas foram de fato imunizadas.
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