Roberto Lucena
repórter
A crise no sistema de marcação de cirurgias ortopédicas no Rio Grande do Norte não tem previsão para ser resolvida. Com pacientes aguardando procedimentos cirúrgicos há mais de dois meses, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) concentra o maior número de doentes à espera de transferência. Enquanto a unidade contabiliza a média de transferência de cinco pacientes por dia, o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) aponta o cadastro de até 20 laudos diariamente.
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A crise no sistema de marcação de cirurgias ortopédicas no Rio Grande do Norte não tem previsão para ser resolvida. Com pacientes aguardando procedimentos cirúrgicos há mais de dois meses, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) concentra o maior número de doentes à espera de transferência. Enquanto a unidade contabiliza a média de transferência de cinco pacientes por dia, o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) aponta o cadastro de até 20 laudos diariamente.
Atualmente, três unidades médicas possuem convênio com a Prefeitura do Natal – que recebe verba repassada pelo Governo do Estado – para prestar serviços de média e alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que não são ofertados nas unidades públicas. Os hospitais Memorial de Natal e Médico Cirúrgico e a Prontoclínica e Maternidade Dr. Paulo Gurgel recebem os pacientes com problemas ortopédicos.
Ontem, dia 16, o HMWG possuía uma lista com 196 pacientes esperando cirurgias ortopédicas. Noventa e três ocupam leitos da unidade e os demais 103 pacientes aguardam a marcação do procedimento em casa. De acordo com o Núcleo Interno de Regulação (NIG) do Walfredo, há pacientes que estão na fila de espera desde julho passado. Em alguns casos, a demora será traduzida em sequelas irreversíveis.
Segundo a coordenadora do NIG, Jerônima Solto, os casos mais graves são
de seis pacientes com fraturas no acetábulo – estrutura óssea existente
no quadril que se articula com a cabeça do fêmur. Um deles está, desde
julho, internado no hospital esperando a transferência. “São pacientes
em condição delicada. A demora em realizar a cirurgia traz sequelas
graves. Com o tempo de espera, o osso acaba ‘colando’ no local errado”,
explicou.
A coordenadora disse ainda que não há uma explicação formal para a demora dos hospitais receberem os pacientes. “O problema é a demanda alta mesmo. A gente já tem uma fila acumulada devido àquela paralisação dos médicos em agosto”, disse.
Ainda segundo o NIG, apesar de três hospitais terem contrato celebrado entre Prefeitura do Natal e Governo do Estado, o fluxo de pacientes está praticamente concentrado em apenas um deles: o Memorial. “Porque é a unidade onde os procedimentos mais específicos e delicados são realizados”, contou Jerônima.
É fácil constatar o que aparece nos relatórios do NIG. Na manhã de ontem, a porta de entrada do Hospital Memorial estava lotada. Pelo menos 40 pessoas, entre pacientes e acompanhantes, disputava espaço no local e questionavam a demora no atendimento. Um dos pacientes era o técnico em agropecuária, Francisco Gleidson, 27 anos. Ele chegou à unidade por volta das 10h depois de viajar os 71 quilômetros que separam Natal de São Paulo do Potengi, onde mora.
“Estou aguardando essa cirurgia desde o dia 15 de agosto. Recebi ligação ontem [segunda-feira, dia 15] dizendo que eu viesse hoje [ontem]. Disseram que era às 11h, mas já quase 12h e não fui atendido”, relatou. Gleidson estava com a mão esquerda enfaixada. No dia 14 de agosto, ele sofreu um acidente de moto em São Paulo do Potengi. Na noite do mesmo dia, foi transferido para o HMWG, mas só recebeu atendimento no dia seguinte. “Disseram que estava quebrado, enfaixaram e mandaram eu ir para casa esperar a cirurgia”, explicou. A reportagem tentou contato com o diretor do Memorial, Francisco Gomes, para saber quais motivos para a demora apontada pela direção do HMWG. Por telefone, ele afirmou que só conversaria pessoalmente, na manhã de hoje.
A coordenadora disse ainda que não há uma explicação formal para a demora dos hospitais receberem os pacientes. “O problema é a demanda alta mesmo. A gente já tem uma fila acumulada devido àquela paralisação dos médicos em agosto”, disse.
Ainda segundo o NIG, apesar de três hospitais terem contrato celebrado entre Prefeitura do Natal e Governo do Estado, o fluxo de pacientes está praticamente concentrado em apenas um deles: o Memorial. “Porque é a unidade onde os procedimentos mais específicos e delicados são realizados”, contou Jerônima.
É fácil constatar o que aparece nos relatórios do NIG. Na manhã de ontem, a porta de entrada do Hospital Memorial estava lotada. Pelo menos 40 pessoas, entre pacientes e acompanhantes, disputava espaço no local e questionavam a demora no atendimento. Um dos pacientes era o técnico em agropecuária, Francisco Gleidson, 27 anos. Ele chegou à unidade por volta das 10h depois de viajar os 71 quilômetros que separam Natal de São Paulo do Potengi, onde mora.
“Estou aguardando essa cirurgia desde o dia 15 de agosto. Recebi ligação ontem [segunda-feira, dia 15] dizendo que eu viesse hoje [ontem]. Disseram que era às 11h, mas já quase 12h e não fui atendido”, relatou. Gleidson estava com a mão esquerda enfaixada. No dia 14 de agosto, ele sofreu um acidente de moto em São Paulo do Potengi. Na noite do mesmo dia, foi transferido para o HMWG, mas só recebeu atendimento no dia seguinte. “Disseram que estava quebrado, enfaixaram e mandaram eu ir para casa esperar a cirurgia”, explicou. A reportagem tentou contato com o diretor do Memorial, Francisco Gomes, para saber quais motivos para a demora apontada pela direção do HMWG. Por telefone, ele afirmou que só conversaria pessoalmente, na manhã de hoje.
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