Estado
potiguar volta à liderança no setor de energia limpa com o maior número de
turbinas em atividade no país.
O
Rio Grande do Norte voltou a ser destaque no cenário nacional através de sua
potencialidade eólica. Após ser o primeiro estado do país a quebrar a barreira
de 1 GW de potência eólica instalada, fato que ocorreu na metade deste ano, o
RN se tornou também o primeiro estado a alcançar a quantidade expressiva de
mais de mil turbinas eólicas instaladas. Ao todo são 1007 turbinas através de
uma potência de cerca de 1.7 MW e 65 parques eólicos em operação.
De
acordo com o diretor-presidente do Cerne (Centro de Estratégias em Recursos
Naturais e Energia), Jean-Paul Prates, os indicadores de desenvolvimento eólico
no Estado são interessantes para captação de novos investidores. “Somos o
primeiro estado a alcançar essa quantidade expressiva de máquinas, resultado de
um longo processo de implantação de parques eólicos que vem sendo realizado
desde 2009″, comentou.
Desde
a última quarta-feira (24) foram liberados pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), para entrarem em operação comercial, os parques eólicos de
Renascença I a IV, Ventos de São Miguel e Carcará II. Cada um dos quatro
parques Renascença e o parque Ventos de São Miguel é composto por 15 turbinas
eólicas de 2 MW do fabricante dinamarquês Vestas, somando um total de 150 MW,
localizados no município de Parazinho.
“Com
essas novas turbinas, estamos finalizando o ano com o RN em destaque nacional.
Dentro disso, é interessante observar o desempenho do município de Parazinho,
que hoje se apresenta como o município do Brasil com o maior número de máquinas
instaladas. Esse dado reforça a importância da produção eólica para o
desenvolvimento econômico e social do município, que por muitos anos sobreviveu
da agricultura familiar e do Programa Bolsa Família”, disse Jean-Paul Prates.
Apesar
de o RN ter tido um desempenho aquém do esperado nos leilões realizados neste
ano, as possibilidades de investimento de grandes empresas aumentam a cada
temporada. Para que o estado se mostre atrativo, é importante que sejam
concedidas políticas de incentivo.
“Hoje,
o empresário que quer investir na capacidade eólica do nosso estado não sabe
quem ou o quê procurar para conquistar benefícios. Fica completamente perdido,
caindo na selva burocrática do RN. Precisamos ter pacotes atrativos e um
ambiente mais organizado para os empresários poderem investir. Essa deve ser
uma das metas do Estado no próximo ano”, afirmou Prates.
Para
que o RN conquiste uma política consistente de desenvolvimento econômico nos
próximos anos, Silvio Torquato, atual secretário de Estado de Desenvolvimento
Econômico (SEDEC), aposta na boa convivência/relacionamento do Governo do RN
com os empresários.
“Nós
fizemos isso muito bem e o próximo governo precisa manter o bom relacionamento,
melhorando o ambiente para facilitar as licenças dos parques eólicos e as
linhas de transmissão”, disse a O JORNAL DE HOJE, ao fazer uma avaliação da
atual gestão da SEDEC.
“Faço
uma avaliação muito positiva do RN nestes últimos anos, com relação aos investimentos
na indústria eólica. Um dos destaques foi a nossa conquista na implantação da
indústria de fabricação de aerogeradores e torres em Areia Branca. A empresa
Acciona investiu quase R$ 60 milhões para se instalar aqui”, comentou.
Os
1.7 MW de capacidade instalada também é resultado dos investimentos feitos ao
longo dos últimos quatro anos, segundo Silvio Torquato. “Conquistamos a
primeira posição do país em capacidade de geração. Nós últimos leilões não
tivemos grande participação, mas temos ativo muito grande de energia e
capacidade instalada”, afirmou o secretário.
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