Um dos
temas recorrentes do Congresso Nacional é a tão falada reforma política. Para
alguns, utopia. Para outros realidade. O deputado federal Walter Alves,
vice-líder da bancada do PMDB, defensor do tema, acredita que o tema seja
apreciado em, no máximo, dois anos.
De acordo
com Walter, o formato das eleições a cada dois anos, sendo uma municipal, em
que se elegem prefeitos e vereadores, e outra geral, em que se elegem
presidente, governadores, deputados e senadores, gera gastos que podem ser
economizados pelo País.
"Eleição
de dois em dois anos ninguém aguenta. É oneroso para o Brasil, que se mobiliza
em um ano e já se prepara para uma outra eleição no ano seguinte. É desgastante
para os políticos, que tem que conciliar o apoio às bases e o trabalho no
mandato. E desgastante para, principalmente, o eleitor que muitas vezes
enfrenta grandes logísticas para votar. A gente precisa discutir esse tema e o
PMDB vai trabalhar para conseguir uma reforma em dois anos", garantiu.
A reforma
em discussão na Câmara dos Deputados atualmente prevê, dentre outros pontos, o
voto facultativo, o fim da reeleição para governadores e prefeitos, além de
alterar a forma de coligação partidária nas eleições proporcionais e determinar
que as eleições municipais e gerais coincidam, a partir de 2018.
Um dos
pontos mais polêmicos que divide os parlamentares é a forma de financiamento de
campanha. O PMDB defende a manutenção do financiamento empresarial. O PT
defende o fim do financiamento a partir da doação de empresas. Enquanto o DEM
defende uma forma mista de captar recursos para as campanhas.
"Alguns
temas já são unanimidade entre os parlamentares. Outros são mais polêmicos,
mas, com certeza, serão amplamente discutidos para se chegar em um consenso
nesse prazo", concluiu.
Se
aprovada até 2017, a reforma já pode trazer grandes mudanças nas eleições de
2018.
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