Depois
de registrar uma queda de 100 para sete pacientes em macas nos
corredores, na semana passada, e de receber investimentos de R$ 3,5
milhões em novos equipamentos, nesta semana, levantamento realizado pelo
Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) mostra que, nos últimos cinco
meses, a alta permanência de pacientes (15 dias ou mais de internação)
admitidos nos cinco pavimentos de enfermarias, caiu de 22 para 14 dias.
Os dados foram coletados de abril a junho desse ano pela equipe
multidisciplinar que realiza, diariamente, o trabalho de
desospitalização responsável.
Essa
atividade consiste no acompanhamento da evolução do quadro de saúde dos
pacientes, através de visitas diárias aos leitos. Os dados também
mostraram que de maio a junho deste ano foram desospitalizados 58
pacientes com alta permanência. Atualmente a equipe é formada por oito
integrantes: direção médica, enfermeira, médico hospitalista, assistente
social, representante do Núcleo Interno de Regulação (NIR), do Serviço
de Atendimento Domiciliar (SAD) e do Serviço de Apoio ao Tratamento e
Diagnóstico (SADT).
A
redução também representa mais uma meta alcançada pelas ações do Núcleo
de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) do Walfredo Gurgel. Antes da
adesão do hospital ao Programa SOS Emergência, a média da alta
permanência estava em 49 dias. Após a integração, ficou estabelecido que
a meta seria dar a alta do paciente em até 15 dias.
O
assessor da direção, Antônio Tomaz de Aquino, explica que agora o
próximo objetivo é traçar as metas de alta permanência de acordo com a
linha de cuidado do doente. “Digamos que uma pessoa deu entrada com
quadro de pneumonia. O caso dela deveria ser resolvido, em até sete
dias. Se passar disso, já estará entrando em uma alta permanência”.
Para
quantificar os dados, a equipe monitorou as cinco enfermarias durante
os 90 dias e registrou tudo em livro de ocorrência. Neste, eram anotadas
todas as ações realizadas com metas a serem cumpridas e propostas para
dar resolutividade ao problema do paciente. “Dessa forma conseguimos
traçar um perfil de cada andar, quais os maiores entraves e as causas
principais que levaram aquele paciente a ficar internado no Walfredo
Gurgel”, explica a gerente de enfermagem Melka Torquato.
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