segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Canal da transposição recebe as primeiras águas do São Francisco

Os testes com as bombas do sistema de capitação da EB 1, Eixo Norte, do canal da transposição em Cabrobó, aconteceram com sucesso nesta sexta feira (07). Funcionários da empresa Mendes Junior que acompanharam os testes viveram momentos de emoção, muitos deles não conseguiram se segurar e vibraram como se estivessem marcado com um gol. Tudo transcorreu de acordo com os planos dos engenheiros, as águas do Velho Chico avançam em direção a Barragem do Tucutu.

Passado esse momento dos testes com as bombas da EB 1, agora o Ministério da Integração Nacional vai definir com o Gabinete da Presidência da República a data para a visita de Dilma. Depois da expectativa quanto ao retorno de Dilma a região do São Francisco, que por varias vezes foi especulada datas, agora a Presidenta tem motivos de sobra para vir a Cabrobó e fazer o que muitos esperam, apertar os botões que acionam a bombas e definitivamente dar por inaugurada essa primeira fase da transposição.
Segundo as informações que temos até o momento, a vinda da Presidenta Dilma a região para inaugurar esse trecho das obras da transposição será definida no inicio da próxima semana. Duas datas estão sendo trabalhadas para a visita de Dilma e comitiva a Cabrobó, os dias 21 e 28 de agosto estão para serem escolhidos pela Secretaria Geral da Presidência da República.
Fernando Henrique Cardoso, não fez. Lula e Dilma, fizeram


Vamos relembrar 
FHC desiste de transpor o rio São Francisco
O presidente Fernando Henrique Cardoso desistiu de realizar a transposição do rio São Francisco, uma das suas promessas eleitorais das campanhas de 1994 e 1998. A decisão foi comunicada a assessores e parlamentares, segundo apurou a Folha.



Oficialmente, a obra, orçada em R$ 3 bilhões, só não começou porque aguarda há dez meses a autorização do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). A construção continua incluída no Avança Brasil, o programa de obras do governo federal, e tem R$ 200 milhões previstos no Orçamento deste ano.Mas, na prática, a transposição não sairá do papel.

Planejado e adiado desde o reinado de d. Pedro 2º, o projeto de transposição previa a construção de uma espécie de rio artificial que levaria, por canais de irrigação, as águas da bacia do São Francisco na divisa entre Pernambuco e Bahia para o próprio Pernambuco, além de Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

A Folha apurou que, para evitar choque com as bancadas dos Estados beneficiados, o governo poderá manter a obra em suas previsões para o ano que vem. Mas será jogo de cena.

"Agora não dá"

A decisão de abandonar o projeto da transposição foi transmitida pelo presidente nas últimas semanas a assessores e parlamentares. Nas conversas, o presidente usou como razão a atual seca no Nordeste, que reduziu a vazão do São Francisco para os níveis mais baixos dos últimos 30 anos.

Repetiu o argumento em entrevista publicada na sexta-feira no jornal "Correio Braziliense": "Transposição, agora, não dá. Não tem água no São Francisco", disse o presidente.

Na assessoria do Planalto, são enumerados outros quatro motivos para descartar a transposição. O primeiro é circunstancial. Segundo o próprio relatório de impacto ambiental encomendado pela Integração Nacional, a obra pode derrubar em até 10% a produção de energia da Chesf (a central hidrelétrica que utiliza as águas do rio) entre os reservatórios de Itaparica e Xingó.

Seria um efeito colateral politicamente indefensável em tempos de racionamento de energia.
Outra causa é política: o último grande defensor da idéia no governo, Fernando Bezerra (PTB-RN), foi defenestrado em maio do ministério da Integração. Seu substituto, Ramez Tebet (PMDB-MS), não tem interesse no projeto nem base eleitoral no Nordeste.

Além disso, a construção tem oposição dos políticos da Bahia, Sergipe e Alagoas -os Estados de onde a água sairia para chegar a Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

O terceiro motivo foram os seguidos adiamentos do projeto no governo FHC. Mesmo se as obras começassem amanhã, em ritmo acelerado, dificilmente FHC conseguiria inaugurar ainda como presidente o primeiro dos seis trechos da transposição.

Os assessores palacianos informaram que seria contraproducente o governo iniciar uma obra tão gigantesca sem saber se teria apoio do próximo presidente.

Por último, FHC disse nas conversas que o governo não tem dinheiro. Os R$ 3 bilhões estimados para a transposição equivalem ao orçamento anual da Eletrobrás. Os defensores da transposição argumentam que o governo federal gastou R$ 850 milhões para combater os efeitos da seca de 1999.

Agora que os meus queridos leitores leram a matéria, vamos  relembrar do dia em que a turma do Aécio, liderada pelo deputado federal Felipe Maia, abriu uma faixa  no barraco do Rio durante a campanha eleitoral

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