Entre as peças estão moedas cunhadas durante o Primeiro Império e no ano de 1827, no valor de 20 réis
Por Saulo de Castro
As escavações foram feitas no período compreendido entre dezembro de
2013 e julho de 2014 e contaram com investimentos no valor total de R$
121.483,82
As escavações resultaram no resgate de mais de mil peças, no geral,
materiais relacionados à construção do Forte, como pregos e dobradiças;
material bélico como projéteis de chumbo utilizados possivelmente em
pistolas e arcabuzes – arma portátil inventada por volta de 1440, com
quase cinco quilos e calibre na faixa de 15 a 20 milímetros.
Durante as pesquisas, os escavadores encontraram ainda material de
vestuário e de uso pessoal, sendo resgatados botões, vidros, cachimbo e
peças de jogos de tabuleiro.
De acordo com Andréa Costa, superintendente do Instituto do
Patrimônio Histórico no RN (Iphan-RN), o objetivo da pesquisa foi
reproduzir conhecimento científico sobre a construção histórica de modo a
compreender as distintas adaptações estruturais sofridas pelo Forte ao
longo dos séculos.
Para a superintendente do Iphan, a descoberta é importante, pois
permitem entender como efetivamente funcionava o Forte, quais eram as
funções de cada ambiente, como se deu a evolução arquitetônica do bem e
quais os materiais utilizados, “Essas são informações essenciais para
uma ação de restauro e conhecimento sobre o contexto da época”, disse.
As peças estão guardadas no Iphan-RN, para serem expostas
posteriormente, em condições de segurança e conservação adequadas. A
população poderá ver as peças quando for instalada a exposição no Forte,
após o processo de restauro.
Restauração
O Iphan-RN incluiu o forte no Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC Cidades Históricas). No momento, o órgão concluiu a reforma da
passarela interna em caráter emergencial.
“Mas estamos esperando o projeto, orçado em cerca de R$ 236 mil para
realizar a contratação da empresa que irá tocar a obra no ano que vem”,
explica Litany Eufrásio. Chefe de Divisão Técnicas do Iphan.
Até o final de outubro, o órgão receberá um amplo relatório sobre as
obras de escavações arqueológicas realizada no forte nos últimos meses
por uma empresa pernambucana.
O documento trará informações sobre novas informações sobre novas
peças localizadas e os pavimentos descobertos que poderão trazer novos
dados sobre a história da fortaleza.
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