sábado, 12 de setembro de 2015

locadora de veículos de Santana do Matos, está entre as sete empresas beneficiárias do desvio de dinheiro do IDEMA

Ministério Público do RN denuncia 15 por desvio de R$ 19 milhões no Idema

Clebson Bezerril é suspeito de ter participado do esquema criminoso investigado pela operação Candeeiro (Foto: Emanuel Amaral/Tribuna do Norte)
Ex-diretor financeiro, Clebson Bezerril foi um dos presos na operação Candeeiro
(Foto: Emanuel Amaral/Tribuna do Norte)
O Ministério Público do Rio Grande do Norte ofereceu nesta sexta-feira (11) uma denúncia contra 15 investigados na operação Candeeiro, deflagrada em 2 de setembro para investigar um esquema criminoso que supostamente desviou R$ 19 milhões do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) entre 2013 e 2014. O MP não revelou os nomes das pessoas denunciadas.
Os documentos foram levados até a 6ª Vara Criminal de Natal, a mesma que determinou os mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos durante a operação. Os 15 investigados foram denunciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O dinheiro supostamente desviado do Idema foi usado para comprar apartamentos de luxo, construir uma academia de alto padrão e reformar a loja de uma equipadora de veículos.
Os destinos dos recursos foram identificados pelo Ministério Público do estado nos oito meses de investigações que culminaram na operação Candeeiro, deflagrada na quarta-feira em Natal, Parnamirim, Santana do Matos e Mossoró. De acordo com o promotor Paulo Batista de Lopes Neto, o esquema criminoso se utilizou de "ofícios fantasmas" para desviar R$ 19.321.726,13 do órgão entre 2013 e 2014. Os documentos eram emitidos pelo Idema ao Banco do Brasil solicitando transferências de recursos do órgão para pelo menos sete empresas. Nenhuma delas possuía vínculo com o instituto.
Empresas
Entre as sete empresas beneficiárias do esquema criminoso, o promotor Paulo Batista citou uma locadora de veículos de Santana do Matos. "O local não existia e ao checarmos no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) não encontramos nenhum carro comprado pela empresa", relata. Todas as empresas tinham seus nomes diretamente vinculados a funcionários e ex-funcionários do Idema, além de terceiros que possuem relação com as pessoas lotadas no órgão.
Outra empresa era a construtora responsável pela construção de uma academia e reforma de uma equipadora de veículos localizadas na Zona Sul de Natal e pertencentes a investigados que trabalharam no setor de contabilidade. No entanto, segundo o promotor Paulo Batista, o único pagamento recebido pela construtora foi de R$ 1.200. "Sabemos que serviços daquele vulto custaram mais. Podemos afirmar que o dinheiro desviado do Idema serviu para levantar academia de alto padrão e reformar a equipadora", diz.
Para o promotor, mais empresas podem estar envolvidas no esquema criminoso. Além dos R$ 19 milhões entre 2013 e 2014, Paulo Batista acredita que mais dinheiro pode ter sido desviado antes e depois do período investigado. "Um dos investigados estava no órgão em 2012. Quanto ao período de 2015, vamos analisar novos documentos", afirma.

Fonte: G1/RN

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário