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O
Ministério Público do RN (MPRN) expediu Recomendação onde quer que o Instituto
de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema/RN) modifique todas
as licenças ambientais emitidas para os parques eólicos localizados nas cidades
de Santana do Matos, Lagoa Nova, Bodó e Cerro Corá.
O
documento foi expedido de forma conjunta pela 1ª Promotoria de Justiça da comarca
de Currais Novos e pela Promotoria de Justiça de Santana do Matos que, juntas,
atendem os municípios mencionados, salienta informação publicada pelo portal
virtual do MPRN.
Os
promotores de Justiça Mariana Marinho Barbalho e Alysson Michel de Azevedo
Dantas também recomendaram a proibição de utilização de pó de brita e a
obrigação de pavimentar as vias de acesso externo aos parques eólicos, nos
trechos habitados.
Tal
medida visa reduzir ao máximo ou eliminar a poeira gerada pela movimentação de
veículos nesses acessos.
Por
ser formada de grãos muito pequenos, a poeira do pó de brita e da piçarra
dispersada pelo trânsito de veículos se agrega à vegetação, dificulta a
respiração e prejudica a fotossíntese das plantas atingidas, dificultando ainda
mais a sobrevivência de um bioma já tão prejudicado pelo clima e a escassez de
água.
Além
disso, a dispersão de poeira provocou o aumento dos casos de doenças
respiratórias na população local e afetou negativamente a qualidade de vida dos
moradores como, por exemplo, com o acúmulo de poeira nas residências e nos
estabelecimentos comerciais.
Os
parques éolicos de Bodó, Santana do Matos, Cerro Corá e Lagoa Nova estão
situados na zona rural, onde se concentra mais de 50% da população total de
cada um destes municípios, o que denota a dimensão do impacto da atividade para
a comunidade local.
Vale
ressaltar que no dia 12 de novembro de 2015 foi realizada uma reunião sobre a
problemática da emissão de partículas de poeira, impactos e soluções, na
Promotoria de Justiça de Santana do Matos, com a presença do promotor de
Justiça, da direção técnica do Idema, do Núcleo de Licenciamento de Parques
Eólicos do Idema, bem como de representantes da população e das empresas Força
Eólica do Brasil S.A. e Gestamp Brasil S.A., a qual foi acompanhada também pelo
Centro de Apoio Operacional às Promotorias (CAOP)-Meio Ambiente.
Na
ocasião, o MPRN, com a concordância da direção técnica do Idema, propôs a
assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC) para que houvesse a
pavimentação das vias de acesso nas áreas habitadas, cuja assinatura foi posteriormente
negada pelas empresas.
Clique AQUI e confira a íntegra da Recomendação.
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