O governador Robinson Faria foi o entrevistado no primeiro programa
Bom Dia RN do ano, na manhã de hoje (4) na InterTV Cabugi. Na pauta, um
balanço das questões mais importantes de sua gestão no primeiro ano de
mandato no que diz respeito à segurança, saúde, turismo, fundo
previdenciário, seca, dentre outros, e quais foram as medidas tomadas
pelo Governo do Estado que apontam para avanços em sua gestão.
Durante a entrevista, o governador Robinson Faria afirmou que a
segurança pública é uma de suas maiores preocupações; mas há o que
comemorar e os números falam por si. Apesar da veiculação de notícias
sobre violência que ainda chocam a população, como foi o caso do
assassinato de Gisela Mousinho, nesse final de semana, durante um
assalto, o número de homicídios no Estado, em 2015, diminuiu.
Ultrapassando inclusive a meta de diminuição de 5% estabelecida pelo
Ministério da Justiça, chegando ao patamar de redução de 11%, um dos
melhores índices de redução do país. “Fiquei chocado com esse crime.
Também sou pai, tenho filhos pequenos. Me solidarizo com a família”,
afirmou.
Indagado pelos jornalistas se ele, enquanto cidadão se sentia mais
seguro, o governador afirmou: “Eu me sinto um pouco mais seguro. Mas
ainda não é o que queremos. A segurança pública é o maior desafio desse
Governo”. Em seguida, o governador lembrou que as polícias têm
trabalhado firme para diminuir os índices da violência. “Desde 2006 não
havia redução no número de homicídios. Desde que começamos nosso
trabalho, estamos promovendo policiais civis e militares; já foram mais
de três mil que receberam promoção nas carreiras. Tivemos também um
aumento substancial das diárias operacionais, para que os policiais que
vão para as ruas trabalhem mais motivados. Semana passada, entregamos
440 veículos para o trabalho desses policiais, que se intensifica agora
com a Operação Verão, principalmente nas praias do litoral sul e norte”,
enumerou ele.
Programas como o Ronda Cidadã, já instalado em seis bairros da
capital deverão se estender ainda mais esse ano, segundo planos do
governador do Estado. Mas, para que isso ocorra e a população volte a se
sentir mais segura, o chefe do Executivo lembrou que outras medidas
terão de ser tomadas, como realização de concurso público, já que o
efetivo ainda é muito pouco.
“Mais de 600 policiais se aposentaram no ano passado”, lembrou
Robinson Faria, afirmando que o Governo está realinhando o trabalho dos
policiais, tirando dos gabinetes, elaborando estratégias e logísticas
para que as polícias atuem onde estão as principais manchas criminais. E
isso inclui não só a capital e grandes cidades, como também a zona
rural. No que diz respeito aos problemas acumulados do sistema
prisional, herdado por ele nessa gestão, o Robinson Faria disse que
estuda a possibilidade de co-gestão com uma empresa privada. “Do ponto
de vista financeiro isso traria bons resultados, sem contar que
tiraríamos policiais que estão no sistema prisional para as ruas”,
ressaltou, acrescentando: “Sou um governador que gosta de quebrar
paradigmas e sou a favor de um Estado mais moderno, desde que seja em
prol do serviço público”.
Saúde, previdência e seca
Já no segundo bloco da entrevista, a conversa com os jornalistas
Murilo Meireles e Fernanda Zauli se voltou para saúde e algumas
promessas de campanha que já vem sendo cumpridas por ele. É vontade sua
ainda este ano oferecer à população o Hospital de Traumas. “Estamos
trabalhando com a possibilidade de comprar um hospital privado para
abrirmos o Hospital de Traumas. Nos reunimos com o diretor do Banco
Mundial em Brasília e vimos que essa é uma possibilidade bastante
plausível”.
O próximo tema, a utilização dos saques do Fundo Previdenciário
(Funfir) para pagamento da folha de pessoal, assim como o limite
prudencial, teve por parte do governador a afirmação da expectativa de
que os repasses ao Funfir possam ser feitos já este ano, a partir do
incremento da economia. “É preciso que não nos esqueçamos que começamos o
governo num ano difícil. Herdamos um déficit de quase um bilhão de
reais nos cofres do Governo. E eu pergunto: o governador deveria usar o
Funfir para pagar seus servidores ou deixar o Estado afundar? Optei por
utilizar o Fundo, concomitante com medidas que fortaleçam a economia do
Estado. E com isso, conseguimos terminar o ano pagando em dia os
servidores, façanha que mais da metade dos estados brasileiros não
conseguiu. Esse dinheiro será devolvido. O Estado quer fomentar emprego e
renda e com isso gerar receita. Medidas que vem sendo tomadas para o
fortalecimento do turismo, por exemplo, tem gerado crescimento na
economia. Injetamos mais de um bilhão de reais no turismo no Estado, por
conta das medidas do Governo. O Rio Grande do Norte tem motivos para
comemorar; estamos com a obra de saneamento de Natal, que ficará 100%
saneada e garantimos esses recursos em plena crise. Somos os favoritos
para sediar o Hub da TAM”, argumentou.
Outras medidas tomadas pelo Governo, apontadas por Robinson Faria,
também o fazem se sentir “motivado e otimista” com relação ao ano que se
inicia. O recenseamento dos servidores, bem como o senso previdenciário
vão “combater anomalias” e a expectativa é que se reduza de 5 a 10% da
folha de pagamento. “Com isso, o Estado ficará fora do limite prudencial
e poderemos começar a fazer a recomposição desse dinheiro (Funfir)”,
disse o governador.
O último tema a ser abordado foi a estiagem, que há vários anos vem
castigando principalmente o interior com a falta de chuvas. O governador
alegou que pretende manter as medidas que já foram sendo tomadas desde o
ano passado, que vão das emergenciais às medidas que exigem médio e
longo prazo, tais como perfuração de poços, construção de adutoras,
interligação de bacias. “Infelizmente a questão hídrica no nosso Estado
não era vista como uma política de Estado. A curto prazo, adianto que
encaminhamos ao Ministério da Integração um Plano Emergencial contra a
seca que prevê o repasse de R$ 300 milhões, dinheiro que será utilizado
para abastecimento por carros-pipa; construção de adutoras de engate
rápido e dessanilizadores; a médio e longo prazo, queremos entregar
adutoras e barragens”, afirmou.
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