A denúncia contra o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aponta que as compras de luxo da mulher
e da filha do deputado, no exterior, “foram pagos com parte do dinheiro
de propina”. Os gastos de Claudia Cruz e Danielle Dytz da Cunha
Doctorovich com as marcas de renome Chanel, Dior, Balenciaga e Louis
Vuitton somam cerca de US$ 86 mil, entre dezembro de 2012 e julho de
2015, e serão investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato em
Curitiba.
Cláudia e Danielle estão sob a tutela do
juiz federal Sergio Moro. O próprio Eduardo Cunha já foi denunciado por
corrupção e lavagem de dinheiro perante o Supremo Tribunal Federal.
Como não são detentoras de foro privilegiado, Claudia e Danielle agora
estão sob investigação dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
Em janeiro de 2014, durante uma estadia
em Paris, Claudia Cruz gastou US$ 17.483,84 em três dias. Foram US$
7.707,37 na loja da Chanel, US$ 2.646,05 na Christian Dior, US$ 4.184,94
na Charvet Place Vendôme e US$ 2.945,48 na Balenciaga.
“Todos estes valores foram pagos com
parte do dinheiro de propina recebido por Eduardo Cunha”, diz a denúncia
sobre os valores relacionado ao próprio presidente da Câmara, sua
mulher e sua filha. “As despesas pagas em cartão de crédito com as
quantias ilícitas recebidas podem se verificadas nos extratos dos
cartões de créditos da Corner Card. Referidos extratos demonstram
despesas completamente incompatíveis com os lícitos declarados do
denunciado e de seus familiares.”
Segundo a Procuradoria-Geral da
República, Claudia Cruz e Danielle Dytz se favoreceram de valores de uma
propina superior a US$ 5 milhões que Eduardo Cunha teria recebido “por
viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela
Petrobras”.
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