quinta-feira, 28 de abril de 2016

Após aprovação do impeachment, Eduardo Cunha vai comendo um dobrado na Câmara dos Deputados

(FOLHAPRESS) – Em mais um exemplo do acirramento político dos últimos meses, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não conseguiu manter a votação no início da noite desta quarta-feira (27) e, sob gritos de “fora, Cunha”, foi obrigado a suspender a sessão.
Desde que a Câmara aprovou a autorização para o impeachment de Dilma Rousseff, Cunha viu intensificar a ofensiva do PT e de outros partidos de esquerda que pedem o seu afastamento do comando da Casa. O peemedebista é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras e alvo de um processo de cassação na Casa.
A confusão desta quarta começou quando ele decidiu manter a votação do projeto que cria comissões na Casa, incluindo a da Mulher, contrariando manifestação dos deputados em plenário, majoritariamente contrária.
Deputados e deputadas de partidos de esquerda se revoltaram e subiram à mesa do plenário. Eles ocuparam também as duas tribunas do plenário, inviabilizando a fala de outros deputados. Moema Gramacho (PT-BA) e Luiza Erundina (PSOL-SP), entre outras, permaneceram todo o tempo ao lado de Cunha, na mesa, protestando contra a decisão.
Acuado, o peemedebista suspendeu a sessão e chamou uma reunião de líderes em seu gabinete. Ele deixou o plenário debaixo de gritos de “fora, Cunha”. Apoiadores puxaram um coro “fora, PT”. Quando ele saiu, Gramacho sentou-se na cadeira do presidente da Câmara. Depois, Luiza Erundina. As duas exibiram cartazes “fora, Cunha”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário