A maior pena estabelecida para os acusados foi direcionada a Gutson Bezerra, que, de acordo com as investigações, chefiava o esquema
Gutson recebeu maior pena estabelecida pelo judiciário (Foto: Alberto Leandro)
O juiz Guilherme Pinto, da 6ª
Vara Criminal de Natal, condenou o ex-diretor administrativo do
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Gutson
Johnson Reinaldo Bezerra, a 17 anos e um mês de prisão pelos crimes de
peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Também foram
condenadas outras dez pessoas denunciadas na operação Candeeiro, que
apura desvios na ordem de R$ 19 milhões no Idema. Gutson Bezerra deverá
ainda ressarcir R$ 13.790.100,60 aos cofres do Idema e, segundo a
sentença, não poderá recorrer em liberdade, devendo permanecer preso no
Comando Geral da Polícia Militar.
O ex-diretor financeiro do Idema,
Clébson José Bezerril, foi condenado a 15 anos e nove meses de reclusão,
mas teve sua pena reduzida para 9 anos e cinco meses em regime fechado
por ter feito delação premiada. Ele também foi condenado pelos crimes de
peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa e deverá ressarcir
o Idema em R$ 4.510.136,63.
Também foram condenados Euclides
Paulino de Macedo Neto por peculato, uso de documento falso e associação
criminosa, com pena de 7 anos e nove meses em regime semiaberto e dever
de indenizar o Idema em R$ 510.744,46; e João Eduardo de Oliveira
Soares, pelos crimes de peculato, uso de documento falso e associação
criminosa, com pena de 7 anos e três meses em regime semiaberto e dever
de indenizar o Idema em R$ 146.144,60.
Antônio Tavares Neto foi condenado
a 5 anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto, pelos crimes de
peculato e associação criminosa, devendo indenizar o Idema em R$
364.599,86.
As investigações da operação
Candeeiro apontaram que diversos ofícios eram expedidos ao Banco do
Brasil, por meio dos quais transferências de valores, a partir de contas
do Idema, eram realizadas para empresas que não tinham vínculo
contratual com a instituição.
De acordo com as investigações do
Ministério Público, o esquema contava com a participação de pessoas da
Unidade Instrumental de Finanças e Contabilidade do Idema. Ação que era
feita em interação com o então diretor administrativo, Gutson Bezerra, e
com auxílio de terceiros, estranhos ao órgão.
Outras condenações
O juiz Guilherme Pinto condenou
ainda Renato Bezerra de Medeiros a 4 anos de reclusão em regime aberto
pelo crime de lavagem de dinheiro, assim como Elmo Pereira da Silva (3
anos) e Handerson Raniery Pereira (3 anos) e Aretusa Barbalho de
Oliveira (4 anos).
Ramon Andrade Bacelar Felipe Sousa
foi condenado a 3 anos e seis meses de reclusão pelo crime de peculato e
Falkner Max Barbosa Mafra foi condenado a 2 anos e quatro meses pelo
crime de estelionato.
Quanto a estes seis réus, o
magistrado concedeu a substituição da pena privativa de liberdade por
duas restritivas de direito, com prestação pecuniária e prestação de
serviços à comunidade.
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