O empresário Paulo César de Barros Morato, cujo corpo foi encontrado em um motel de
Olinda (PE) no dia 22 de junho, morreu por envenenamento com pesticida –
veneno conhecido como chumbinho. A causa da morte foi divulgada na
quinta-feira (30) pela Polícia Civil de Pernambuco.
Morato estava foragido e era procurado pela PF na Operação
Turbulência, que investiga lavagem de dinheiro envolvendo 18 contas
bancárias de empresas usadas para pagar campanhas eleitorais do
ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) em 2010 e 2014. Segundo
as investigações, o esquema teria movimentado R$ 600 milhões.
Morato,
de 47 anos, era dono da empresa que comprou o avião que transportava o
ex-governador quando caiu em Santos, no litoral paulista, matando Eduardo Campos, que era candidato à Presidência da República, em 13 de agosto de 2014.
O
exame das vísceras de Morato – cujo corpo permanece no Instituto
Médico-Legal do Recife e ainda não foi reclamado pela família – apontou
quadro de "intoxicação exógena por organofosforado".
Laudos
Os
peritos ainda trabalham em oito laudos sobre o caso, que devem ser
concluídos nos próximos dias, para determinar o local exato do
envenenamento e por que o empresário estava no motel. Segundo o governo
de Pernambuco, administrado por Paulo Câmara (PSB), a Polícia Civil
agora trabalha para descobrir se Morato foi envenenado ou se cometeu
suicídio.
Morato era dono da Câmara & Vasconcelos
Locação e Terraplanagem, empresa titular de contas nas quais foram
depositados pela empreiteira OAS os R$ 18 milhões usados para pagar o
Cessna Citation que caiu em Santos.
A Operação Turbulência,
deflagrada em janeiro, efetuou prisões e apreensões baseadas em
levantamentos de informações e provas coletadas também na Operação Lava
Jato, que apura corrupção na Petrobrás.
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