Estudantes universitários ocuparam na tarde desta segunda-feira (24) o prédio da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). A ocupação é um protesto contra a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 241, que estabelece teto para aumento dos gastos
públicos pelos próximos 20 anos. A ocupação foi pacífica.
Anteriormente, os universitários
ocupavam o prédio do Departamento de Artes. No entanto, durante uma
assembleia realizada na última terça-feira (18), decidiu-se pela mudança
no local da ocupação.
Além da ocupação na UFRN, estudantes
secundaristas mantêm a ocupação em nove escolas estaduais e em três
campi do IF no estado. Eles protestam contra a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 241, contra a reforma do ensino médio e a falta de
investimento em Educação.
A Escola Estadual Anísio Teixeira, localizada no bairro de Petrópolis, na Zona Leste de Natal,
é uma das ocupadas pelos estudantes. Cerca de 25 alunos participam da
ocupação na escola desde o dia 17 de outubro. De acordo com Pedro Gorki,
diretor da União Nacional de Estudantes Secundaristas, os estudantes
organizaram uma programação paralela, com aulões e palestras, para
suprir as aulas, que estão suspensas.
“Estão tendo aulões para o Enem. Ontem
teve simulado de espanhol. Tem aulão de biologia, tem aulão de física,
aulão de história. A gente está transformando a escola naquilo que ela
deveria ser: um espaço multiétinico, multicultural, diverso e a gente
está trazendo isso para a escola”, disse Pedro, durante entrevista ao RN TV 2ª Edição deste sábado (22).
Outra escola ocupada em Natal é a Escola
Estadual Augusto Severo, também localizada no bairro de Petrópolis. A
escola foi interditada em agosto pelo Ministério Público por causa de
problemas estruturais. Além do protesto contra a PEC, os estudantes
cobram a reabertura da escola.
Durante a ocupação, os estudantes também
organizam programações alternativas. Por meio de uma página do
Facebook, os estudantes divulgam as atividades programadas diariamente.
As atividades vão desde a limpeza da escola até atividades culturais e
educativas.
PEC 241
A PEC 241 estabelece que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior. Pela proposta, a regra valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do décimo, o presidente da República poderá enviar propor uma nova base de cálculo ao Congresso. Inicialmente, os investimentos em saúde e educação deveriam obedecer o limite estabelecido pela PEC, mas, diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares da base aliada, o Palácio do Planalto decidiu que essas duas áreas só serão incluídas no teto a partir de 2018.
A PEC 241 estabelece que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior. Pela proposta, a regra valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do décimo, o presidente da República poderá enviar propor uma nova base de cálculo ao Congresso. Inicialmente, os investimentos em saúde e educação deveriam obedecer o limite estabelecido pela PEC, mas, diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares da base aliada, o Palácio do Planalto decidiu que essas duas áreas só serão incluídas no teto a partir de 2018.
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