A menina de 9 anos que morreu no incêndio de uma farmácia em Camaçari,
na Região Metropolitana de Salvador, na quarta-feira (24), foi
encontrada abraçada a uma mulher que também não resistiu ao acidente. O
major Lanusse Araújo, comandante do 10º Grupamento de Bombeiros
(Camaçari), acredita que a mulher tentou proteger a menina, que, por
isso, não sofreu queimaduras no rosto.
A garota estava na farmácia Pague Menos, no
início da tarde de ontem, acompanhada da mãe. Na hora que o incêndio
começou, ela estava na parte dos fundos da farmácia, enquanto a mãe já
estava mais à frente, no caixa, pagando a conta. A mãe foi socorrida com
vida, com queimaduras e traumas, e está internada em um hospital de
Camaçari.
Até o momento, só uma testemunha foi ouvida
pela delegada Thaís Siqueira, da 18ª Delegacia (Camaçari). Funcionária
da Pague Menos, ela afirmou em depoimento que o local estava em obras há
quase 30 dias. Ela afirmou também que a loja estava com um problema de
vazamento por conta das chuvas recentes, quando chegou a inundar,
conforme um representante da Pague Menos já havia afirmado hoje. A
testemunha contou que cerca de cinco operários estavam no mezanino no
momento do acidente, além de outros funcionários.
Ela mesma estava no mezanino pouco antes do
acidente, almoçando, mas desceu para ocupar o caixa e pouco depois
aconteceu a explosão. Três colegas dela que estavam no andar superior
não foram mais vistas e ela acredita que estão entre os mortos.
Investigação
Em coletiva na tarde desta quinta, o major Lanusse afirmou que as causas do acidente ainda serão apuradas. O que se sabe até o momento é que havia uma atmosfera explosiva, causada pelo vazamento de algum gás que não sabem qual foi, e uma faísca, também não se sabe de que, gerou a explosão.
Em coletiva na tarde desta quinta, o major Lanusse afirmou que as causas do acidente ainda serão apuradas. O que se sabe até o momento é que havia uma atmosfera explosiva, causada pelo vazamento de algum gás que não sabem qual foi, e uma faísca, também não se sabe de que, gerou a explosão.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT)
ainda trabalha na identificação das vítimas. A família de Cristiana do
Nascimento de Souza, 39. passou a tarde no Instituto Médico Legal (IML).
Ela foi a última a ser retirada sem vida dos escombros. Com o crachá no
pescoço e sem queimaduras no rosto, foi reconhecida por familiares.
"Até às 21h de ontem a gente estava correndo pelos hospitais. Graças a
Deus que ela não foi queimada, o rosto está intacto", disse o irmão, o
encanador Carlos Alberto de Souza, 34. Segundo ele, Cristiana estaria de
folga hoje e amanhã justamente por conta da obra na farmácia. O enterro
da funcionária deve ser amanhã, às 11h, no Jardim da Eternidade, em
Camaçari.
Sete corpos estão bastante carbonizados e
familiares que tiverem ficha odontológica devem levar até o local para
facilitar a identificação. Caso contrário, será tentada identificação
via impressão digital, um processo que pode demorar semanas no caso dos
corpos carbonizados, ou por DNA, que pode demorar meses. Segundo o
diretor do IML, Mário Câmara, sete dos nove corpos são do sexo feminino,
um ainda não havia sido determinado e o oitavo não foi possível
concluir. “Todos estão muito danificados pelo fogo e apresentavam sinais
de traumas internos e externos provocados pela explosão ou por objeto
contuso”, explicou.
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