Do G1/RN
– Presos apontados pelos setores de inteligência do Acre e do Amazonas
como líderes de facções criminosas chegaram na noite desta quinta-feira
(12) à penitenciária federal de Mossoró, na regiões Oeste do Rio Grande
do Norte. Ao todo, são 19 detentos que foram trazidos em uma operação
especial para o presídio potiguar – 14 do Acre e 5 do Amazonas. A ação
para entrega dos presos só foi concluída na madrugada desta sexta-feira
(13).
Os presos vindos do Acre são: Alcemir da Silva, André Ferreira de
Souza, Antônio Meneses de Castro, Antônio Nascimento de Oliveira, Denys
dos Santos Fêlix, Edivardes Brito da Silva, Eurico Rocha do Nascimento,
Fabiano da Silva, Gerlândio Brito da Silva, Gilei Mayke de Souza
Santana, Semir da Silva Almeida, Sandeilson da Silva Souza, Sérgio
Barbosa e Ualas Pinto Amâncio Rodrigues.
Do Amazonas, vieram: Demétrio Antônio Matias, Janes do Nascimento
Cruz, Florêncio Nascimento Barros, Rivelino de Mello Muller e Gileno
Oliveira do Carmo.
Acre
A Segurança Pública do Acre transferiu nesta quinta-feira (12) 15 detentos para o presídio federal de Mossoró. Os presos transferidos estavam no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no presídio Antônio Amaro, em Rio Branco.
A Segurança Pública do Acre transferiu nesta quinta-feira (12) 15 detentos para o presídio federal de Mossoró. Os presos transferidos estavam no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no presídio Antônio Amaro, em Rio Branco.
Os trâmites para a transferência iniciaram, segundo a assessoria da
Sesp, em outubro de 2016, quando foi pedida a transferência de 36 presos
e o juiz federal autorizou apenas um. O pedido foi refeito na segunda
(9) e a liberação foi dada, de acordo com a Justiça Federal de RN, no
mesmo dia, mas a Sesp disse que foi notificada apenas na tarde da terça
(10).
Quinze líderes de facções foram transferidos. Isso demonstra que o
Estado não vai se curvar para a criminalidade. Todos os presos passaram
por corpo de delito e depois foram transferidos. São essas lideranças
que dão a ordem para esquartejar, matar, roubar e cometer vários crimes
na capital e interior. Com isso, abrimos 15 vagas que podem ser
preenchidas por outros líderes”, disse o secretário de Segurança Pública
do Acre, Emylson Farias.
Farias afirmou ao G1, na terça (10), que a solicitação de
transferência estava em sigilo para evitar retaliação dos detentos
dentro dos presídios do estado. Ele disse ainda que o ministro da
Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou na segunda (9) que o pedido havia
sido autorizado, mas o Acre não tinha sido notificado no mesmo dia.
O secretário lembrou que a declaração do ministro da Justiça veio
após a rebelião que deixou 60 mortos em Manaus (AM) e outros 33 mortos
na maior penitenciária de Roraima (PR), na madrugada do úlrtimo dia 6.
No Acre, uma rebelião em outubro de 2016 deixou quatro mortos e 19
feridos.
Amazonas
Um total de 17 detentos do Amazonas embarcaram para presídios federais no fim da quarta-feira (11). Um comboio da Polícia Militar acompanhou o traslado dos presos até o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.
Um total de 17 detentos do Amazonas embarcaram para presídios federais no fim da quarta-feira (11). Um comboio da Polícia Militar acompanhou o traslado dos presos até o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.
Antes da viagem, peritos do Instituto Médico Legal (IML) foram
deslocados ao Batalhão, na manhã desta quarta (11), para realizar exames
de corpo de delito nos detentos.
Após os procedimentos, o grupo seguiu às 11h30, dentro de um
caminhão-baú da Seap, para o Aeroporto Internacional da capital. O
trajeto até o aeroporto recebeu forte esquema de segurança, com
batedores e um helicóptero da Polícia Militar. Ao todo, 80 policiais
participam da operação, segundo o comandante geral da PM, Augusto
Sérgio.
Ao todo, 56 morreram na rebelião do Complexo Penitenciário Anísio
Jobim (Compaj), em Manaus, informou o secretário de Segurança Pública do
Amazonas, Sérgio Fontes. O motim durou mais de 17 horas e foi
considerado pelo secretário como “o maior massacre do sistema prisional”
do Estado. Inicialmente o Governo havia confirmado 60 mortes.
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