Principal produtora de sheelita do Rio Grande do Norte, a Bodó
Mineração, diz que a empresa tem “segurança jurídica” para manter a
operação. A empresa deu férias remuneradas ao pessoal que trabalha no
subsolo no dia 31 de março devido à falta de certificado do Exército
para estocar e manusear explosivos. Isso gerou manifestações no pequeno
município. Segundo um porta-voz da empresa, a situação deve ser
normalizada em breve.
Mauricio França, diretor da Bodó Mineração,
disse que a não emissão de um alvará pela Prefeitura de Bodó (RN)
impediu que a empresa renovasse o certificado de registro junto ao
Exército para a compra, estocagem e manuseio de explosivos. O material é
essencial para a operação subterrânea. Com o vencimento do certificado,
os explosivos em estoque foram devolvidos ao Exército.
O
executivo disse que iniciou em 3 de janeiro deste ano conversas com a
Prefeitura para a emissão do alvará. Porém, não obteve sucesso, sendo
necessário impetrar com um mandado de segurança junto à Justiça em
Santana dos Matos (RN) em regime de urgência.
“Achamos melhor dar
férias remuneradas ao pessoal de subsolo por questões de segurança”,
disse França. Dos 136 empregados diretos da Bodó, 95 trabalham no
subsolo. Na falta de material produzido no subsolo, a mineradora está
reprocessando rejeito rico em tungstênio. A produção da Bodó, no
primeiro trimestre foi de 40 toneladas de concentrado de sheelita.
“Pretendemos aumentar a produção neste ano e ser o maior produtor de
sheelita do Brasil”, disse o diretor.
Na manhã de quarta-feira 5,
famílias de empregados da Bodó Mineração, queimaram pneus e fecharam uma
estrada próxima à mineradora em manifestação contra o possível
fechamento da empresa. A polícia chegou a ser chamada para manter a
ordem no local. A empresa disse que foi um protesto espontâneo da
população local, sem intervenção da mineradora.
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