Uma
semana antes da maior fuga prisional do Rio Grande do Norte, ocorrida
na madrugada de quinta-feira (25), o governo estadual pediu ao
Ministério da Justiça o aumento do efetivo da Força-Tarefa de
Intervenção Penitenciária (FTIP) para que houvesse reforço de pessoal na
Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), unidade de onde 88 detentos
escaparam. A informação é do secretário de Justiça e Cidadania, Luis
Mauro Albuquerque Araújo.
A força-tarefa foi criada pelo
Ministério da Justiça para dar apoio aos estados depois das rebeliões
violentas ocorridas em presídios de diferentes regiões do país. De
acordo com o gestor, o pedido foi feito em reunião na semana passada com
o intuito de “sensibilizar” o Ministério da Justiça para a necessidade
de disponibilizar 140 agentes para o Rio Grande do Norte. “Nosso maior
problema é estrutural e de efetivo”, diz. “Já tivemos 110 agentes da
Força e hoje nós estamos com cerca de 70”.
O pedido será
formalizado por escrito e deve ser entregue nos próximos dias, conforme
garantiu o secretário. Além do presídio de Parnamirim, os novos
profissionais seriam empregados na Penitenciária Estadual de Alcaçuz,
nos pavilhões que já passaram por reforma. “O Pavilhão 3 já está com
presos, e agora estamos com o Pavilhão 2 pronto para ser ocupado. E
ainda tem o Pavilhão 1, o Pavilhão 4, o pavilhão de segurança máxima.
Então precisa de efetivo de forma imediata e emergencial”.
A falta
de efetivo dificulta a realização de vistorias frequentes e no controle
de segurança adequado das unidades, de acordo com o secretário. Em
Parnamirim, por exemplo, são quatro agentes por plantão e 589 presos.
“Com a fuga, é notório que precisamos de ajuda emergencial”, diz.
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