A
Petrobras anunciou nesta terça-feira (5), no Rio de Janeiro, reajuste
de 12,2% para o gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, o
chamado gás de cozinha, vendido em botijões de até 13 quilos. O aumento
foi decidido pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) da empresa
e começa a vigorar nesta quarta-feira (6).
Segundo
a Petrobras, o Gemp considerou para efeito de ajustes nos preços do gás
para uso residencial o cenário externo de estoques baixos, além dos
reflexos de eventos climáticos, como o furacão Harvey, na maior região
exportadora mundial do produto, que é a cidade de Houston, no Texas,
Estados Unidos, cujos terminais permanecem fora de operação, o que afeta
o mercado internacional. Com a menor disponibilidade de gás, os
mercados consumidores, inclusive o brasileiro, sofreram aumento de
preço.
A
estatal afirmou, entretanto, que o reajuste aplicado “não repassa
integralmente a variação de preços do mercado internacional”. O Gemp
fará nova avaliação do comportamento do mercado no próximo dia 21.
A
Petrobras destacou que o reajuste previsto foi aplicado sobre os preços
praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado
aos preços ao consumidor, a empresa indicou que “o preço do botijão de
GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4,2% ou cerca de R$ 2,44 por
botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e
as alíquotas de tributos”.
A
Petrobras reajustou também os preços de venda às distribuidoras do GLP
destinado aos usos industrial e comercial. O aumento médio de 2,5% entra
em vigor amanhã (6).
Em
nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás
Liquefeito de Petróleo (Sindigás) estimou que o reajuste para o gás
residencial ficará entre 11,3% e 13,2%, de acordo com o polo de
suprimento.
Como
o aumento não repassa de forma integral a variação de preços do mercado
internacional, a entidade calculou que o preço do produto destinado a
embalagens até 13 quilos ficará 16,56% abaixo da paridade de importação.
Segundo o Sindigás, isso inibe investimentos privados em infraestrutura
no setor de abastecimento.
Em
relação ao reajuste nos preços do gás industrial, para embalagens acima
de 13 quilos, o Sindigás indicou que a variação será entre 2,4% a 2,6%,
dependendo do polo de suprimento.
O
sindicato externou preocupação com o reajuste para o gás industrial,
porque “afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no
mercado internacional, impactando justamente setores que precisam
reduzir custos”.
De
acordo com o Sindigás, esse aumento levará o valor do produto destinado
a embalagens maiores que 13 quilos a ficar 39,94% acima da paridade de
importação.
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