Duas
jovens mineiras, uma ideia ousada e uma kombi para rodar o Brasil.
Desde 2016, Marília Cucolichio e Isabela Ladeira começaram a se
aventurar pelas estradas do Nordeste com o projeto Caravana Cultural
Agroecologica Kombosa me Carrega, que tem o objetivo de conhecer outros
grupos que discutem agroecologia pelo país. Além de participação em
eventos científicos, as jovens visitam comunidades de agricultura
familiar e defendem a urgência da utilização de uma agricultura mais
alinhada à preservação com o meio ambiente.
Na jornada desde dezembro, mais de 20 mil quilômetros foram percorridos
pela dupla, em mais de 40 experiências com agroecologia. A viagem
começou pelo extremo Sul da Bahia, passando por Sergipe, Alagoas,
Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Na região Oeste potiguar, as
jovens desembarcaram em Mossoró.
"A ideia da kombi surgiu porque a gente queria uma casa que fosse móvel
e pudesse ter essa autonomia para caminhar Brasil afora. A kombi é
viável por ser mais econômica e, mais que um trailer, é acessível e
popular", conta Marília, que é engenheira ambiental. Isabela é agrônoma.
O projeto nasceu dentro da Rede de Grupos de Agroecologia - o Rega. As jovens fizeram um financiamento colaborativo para transformar o carro e percorrer o país por um ano. Passados oito meses desde o início do projeto, elas pensam em passar mais um ano na estrada, para poder passar por todas as regiões do país.
O projeto nasceu dentro da Rede de Grupos de Agroecologia - o Rega. As jovens fizeram um financiamento colaborativo para transformar o carro e percorrer o país por um ano. Passados oito meses desde o início do projeto, elas pensam em passar mais um ano na estrada, para poder passar por todas as regiões do país.
Em Mossoró, as jovens trocaram experiências com o Grupo Verde - da
Universidade Federal do Semiárido (Ufersa) - que existe há 30 anos. "Eu
acho que é muito importante para a gente somar experiências. Quando vem
pessoas novas, é um momento para dialogar como está sendo o trajeto da
agroecologia", diz Yara Leite, que é membro do grupo.
"Tentamos programar atividades para que, quando elas estivessem aqui
pudessem aprofeitar as esperiências concretas que vêm vivenciando pelo
Brasil", salienta André Passos, outro membro do grupo mossoroense.
E são muitas experiências. Desde que começou, a viagem é repleta de
aprendizado, dizem elas. As jovens participam de eventos cietíficos,
dias de campo, visitam comunidades e interagem com agricultores
familiares. "Esse acolhimento das comunidades é o momento mais
encantador, quando a gente está ombro a ombro com os agricultores,
compartilhando as práticas do cotidiano deles. É o momento das trocas
mais ricas", diz Isabela.
Marília conta que estava acostumada com o ambiente da roça, mas pela primeira vez, por exemplo, tirou leite da vaca.
Parte da aventura é registrada em vídeos. Técnicas, entrevistas e
curiosidades são gravadas pelas jovens pelo celular. O material fica
disponível na internet para quem quiser conferir.
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