Há anos,
os gestores municipais vêm alertando para as dificuldades de arcar com o
excesso de responsabilidades sem a devida contrapartida de recursos.
Diante de uma grave crise enfrentada pelo País, esse cenário se tornou
ainda mais crítico. Com o objetivo de alertar a sociedade e as
autoridades em relação a essas dificuldades, o movimento municipalista
lança nesta segunda-feira, 30 de outubro, a campanha “Não deixem os
Municípios afundarem”.
A ação
vai ocorrer durante o mês de novembro e terá como destaque uma
mobilização nacional em Brasília no dia 22 de novembro. Nesta semana,
vai ocorrer a chamada Semana Municipalista, que prevê uma maior
mobilização dos gestores presentes para a aprovação de matérias
importantes no Congresso Nacional.
A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca a importância de todos
se mobilizarem para que o Congresso Nacional e o poder Executivo apoiem
os Municípios em relação às pautas prioritários do movimento.
A
entidade aponta algumas das ações que podem ser feitas: i) entre em
contato com o seu deputado, o seu senador e solicite a aprovação dos
itens contidos na pauta prioritária; ii) estreite o diálogo com a sua
comunidade e desenvolva ações para mostrar os motivos reais da crise;
iii) Busque as rádios locais, jornais e outros veículos e conceda
entrevistas apresentando o quadro atual da sua prefeitura; e iv)
compartilhe com a Confederação as iniciativas desenvolvidas no seu
Município. Pode ser texto, fotos ou mesmo vídeos.
A CNM
dispõe de uma série de estudos técnicos reforçando a situação de crise.
Utilize esses materiais para apresentar dados concretos. Além disso,
inchado do quadro de pessoal, o subfinanciamento dos programas e o corte
de gastos federais podem ser mencionados. Aproveite também para
compartilhar com a sua comunidade as ações em busca de mais recursos,
como essa campanha.
Pauta prioritária
Definida junto às entidades municipalistas
estaduais e aos gestores, a pauta mínima do movimento envolve oito
itens. Um desses foi o que teve início com a grande mobilização de
prefeitos nordestinos em Brasília. Nós encaminhamos ao Palácio do
Planalto um pedido de auxílio financeiro para o final do ano, na faixa
que equivaleria a 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ou
seja, em torno de R$ 4 bilhões.
Também é
preciso mobilizar para conseguir a derrubada do veto ao Encontro de
Contas no Congresso Nacional. O presidente da República, Michel Temer,
vetou essa medida no projeto que tratava da dívida previdenciária dos
Municípios, um compromisso firmado durante a XX Marcha a Brasília em
Defesa dos Municípios. Nós temos de derrubar esse veto, pois é uma luta
histórica das administrações municipais.
Das
matérias que tramitam no Senado, o movimento municipalista se empenha
primordialmente para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 29/2017, também chamada de PEC do 1% do FPM, que disciplina a
distribuição de recursos pela União ao fundo; da PEC 61/2015, que
autoriza a apresentação de emendas diretamente ao FPM; e da PEC 66/2015,
que prevê a atualização dos programas federais .
Já na
Câmara, entre as matérias prioritárias prontas para apreciação do
Plenário estão: Projeto de Lei (PL) 3.776/2008, que atualiza o piso
salarial do magistério público da educação básica pelo índice de
inflação; o PL 2.289/2015, que prorroga o prazo para a disposição final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos; e a PEC 212/2016, que
institui novo regime de pagamento de precatórios.
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