quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Programa de descarte correto de lâmpadas de uso doméstico tem início no RN


RNAGORA: Se você é consumidor doméstico, já deve ter se deparado com a seguinte situação: o que fazer com as lâmpadas fluorescentes, depois que elas queimam? Essas lâmpadas possuem componentes que demandam um fluxo específico na coleta e destinação final. Por isso, o descarte incorreto, como no lixo comum, pode acarretar diversos problemas ambientais.
Com a finalidade de realizar a coleta, destinação ambientalmente correta e a descontaminação desses resíduos, começou a funcionar em Natal e em Parnamirim (RN) o programa da Reciclus (Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa), organização civil sem fins lucrativos, criada pelos principais produtores e importadores de lâmpadas, para atuar como Entidade Gestora do processo, seguindo um modelo de operação autossustentável.
A iniciativa envolveu diversos segmentos da sociedade e atende à determinação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a Lei Federal nº 12.305/2010 que fala na responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e na logística reversa (LR) como soluções para o descarte correto de itens que podem causar danos ao meio ambiente.
Participam do programa apenas as lâmpadas de uso doméstico, dos seguintes tipos: fluorescentes compactas e tubulares; de vapor de mercúrio, sódio ou metálico; e luz mista.

Destinação correta – O objetivo da Reciclus é envolver toda a sociedade e a cadeia produtiva em um grande movimento estruturado de coleta de lâmpadas ao final de sua vida útil e promover a destinação final ambientalmente adequada, garantindo que os materiais não estão sendo descartados em locais errados, vindo a prejudicar o meio ambiente.
O processo de separação dos componentes utiliza tecnologia avançada, sob circunstâncias especiais e em ambiente controlado, para que não haja a contaminação do ambiente e das pessoas que operam os equipamentos.
Basicamente, separam-se os componentes de metal (terminais de alumínio, soquetes, e estruturas metálicas), o vidro (em forma de tubo, ou outra), o pó fosfórico (pó branco contido no interior) e, principalmente, o mercúrio, que é extraído e recuperado em seu estado líquido elementar.
É possível utilizar os resíduos na fabricação de vários outros produtos: vidros na produção de novos vidros para uso não alimentar; pinos de latão que podem ser fundidos e utilizados para produção de novos materiais; e pó fosfórico que, uma vez livre do mercúrio, pode ser reutilizado em fábricas de cimento ou asfalto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário