RNAGORA: Se você é consumidor doméstico, já deve ter
se deparado com a seguinte situação: o que fazer com as lâmpadas
fluorescentes, depois que elas queimam? Essas lâmpadas possuem
componentes que demandam um fluxo específico na coleta e destinação
final. Por isso, o descarte incorreto, como no lixo comum, pode
acarretar diversos problemas ambientais.
Com a finalidade de
realizar a coleta, destinação ambientalmente correta e a descontaminação
desses resíduos, começou a funcionar em Natal e em Parnamirim (RN) o
programa da Reciclus (Associação Brasileira para a Gestão da Logística
Reversa), organização civil sem fins lucrativos, criada pelos principais
produtores e importadores de lâmpadas, para atuar como Entidade Gestora
do processo, seguindo um modelo de operação autossustentável.
A
iniciativa envolveu diversos segmentos da sociedade e atende à
determinação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a Lei
Federal nº 12.305/2010 que fala na responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida dos produtos e na logística reversa (LR) como soluções
para o descarte correto de itens que podem causar danos ao meio
ambiente.
Participam do programa apenas as lâmpadas de uso
doméstico, dos seguintes tipos: fluorescentes compactas e tubulares; de
vapor de mercúrio, sódio ou metálico; e luz mista.
Destinação correta
– O objetivo da Reciclus é envolver toda a sociedade e a cadeia
produtiva em um grande movimento estruturado de coleta de lâmpadas ao
final de sua vida útil e promover a destinação final ambientalmente
adequada, garantindo que os materiais não estão sendo descartados em
locais errados, vindo a prejudicar o meio ambiente.
O processo de
separação dos componentes utiliza tecnologia avançada, sob
circunstâncias especiais e em ambiente controlado, para que não haja a
contaminação do ambiente e das pessoas que operam os equipamentos.
Basicamente,
separam-se os componentes de metal (terminais de alumínio, soquetes, e
estruturas metálicas), o vidro (em forma de tubo, ou outra), o pó
fosfórico (pó branco contido no interior) e, principalmente, o mercúrio,
que é extraído e recuperado em seu estado líquido elementar.
É
possível utilizar os resíduos na fabricação de vários outros produtos:
vidros na produção de novos vidros para uso não alimentar; pinos de
latão que podem ser fundidos e utilizados para produção de novos
materiais; e pó fosfórico que, uma vez livre do mercúrio, pode ser
reutilizado em fábricas de cimento ou asfalto.
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