G1/RN
O agente penitenciário Thiago Jefferson Bezerra de Lima, assassinado em 10 de outubro passado,
foi morto a mando de uma facção criminosa que atua no Rio Grande do
Norte. O motivo seria que na rua em que ele morava havia um ponto de
venda de drogas, e a presença do agente no local atrapalhava o comércio
ilegal de entorpecentes. As informações são da Polícia Civil.
A
Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) divulgou nesta
terça-feira (05) o resultado da Operação Ousadia, que elucidou o
homicídio de Thiago Jefferson, ocorrido no bairro do Bom Pastor, Zona
Oeste de Natal.
De
acordo com as investigações, a morte do agente foi resultado de uma
ação criminosa conjunta com participação de 17 pessoas que fazem parte
da facção Sindicato do RN, sendo três adolescentes. Segundo a Polícia
Civil, dos 17 envolvidos no crime, oito homens estão presos, quatro
estão foragidos, dois homens estão em liberdade, um adolescente está
apreendido e dois adolescentes deles estão em liberdade.
O
delegado Reginaldo Soares, responsável pelas investigações da DHPP na
Zona Oeste da capital, afirma que Thiago Jefferson foi morto por ordens
que partiram do Pavilhão 5 da Penitenciária de Alcaçuz, que tinham por
objetivo “limpar” a rua na qual o agente de segurança morava.
“Nós
descobrimos que a rua da vítima havia uma boca de fumo considerada
importante para os integrantes do Sindicato do RN, e o fato do agente
morar naquela rua estava atrapalhando as ações criminosas relacionadas
ao tráfico de drogas”, detalhou o delegado Reginaldo Soares.
De
acordo com a Polícia Civil, as lideranças do tráfico de drogas naquele
local eram Felipe Santos Araújo, conhecido por “Coqueiro”; Tancredo Lins
Filgueira, conhecido por “Tandinha” e Cristiano da Silva Bezerril,
conhecido por “Tiano”. Além desses três, Júlio César Ferreira da Silva,
conhecido por “Galego-Galeguinho”, e João Maria Santos de Oliveira, o “João Mago”, também seriam os mandantes do crime. Todos estão presos.
Ainda
segundo a polícia, o crime envolveu a participação dos cinco mandantes,
quatro executores, dois homens que faziam o monitoramento do cotidiano
da vítima, cinco pessoas que deram apoio na fuga (sendo três
adolescentes e outros dois homens) e um homem responsável por dar sumiço
à arma que era do agente penitenciário, uma pistola calibre 380.
“Um
dos mandantes do crime, Cristiano da Silva Bezerril, foi preso em
Caruaru no dia 14 de outubro, pelo crime de tráfico de drogas, quando
estava cm quatro quilos de maconha. Na mesma data, a polícia também
apreendeu o primo de Cristiano, um adolescente que tinha fugido com ele
para Pernambuco”, conta o delegado Reginaldo Soares.
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