Um grupo de senadores vai fazer inspeção, nesta terça-feira, 17, na
sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde o
ex-presidente Lula cumpre pena de prisão desde o último dia 7 de abril. A
autorização foi dada pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal,
em despacho publicado na tarde desta segunda-feira. Na semana passada, a Comissão de
Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado aprovou a
diligência, com o objetivo de “verificar as condições de encarceramento”
do ex-presidente e de outras pessoas presas no local.
De acordo
com o senador Paulo Paim (PT-RS), durante pronunciamento na tribuna do
Senado, os próprios parlamentares vão arcar com as despesas da viagem
até Curitiba. Além dele, fazem parte da comitiva a senadora e presidente
nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e os senadores Lindbergh Farias
(PT-RJ), Telmário Mota (PTB-RR), Roberto Requião (MDB-PR), Paulo Rocha
(PT-AM), João Capiberibe (PSB-AP), Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice da
Mata (PSB-BA), Humberto Costa (PT-PE), José Pimentel (PT-CE) e Ângela
Portela (PDT-RR).
Em seu despacho, a juíza Carolina Lebbos
informou à PF sobre a diligência dos senadores, mas ressaltou que não
teria chegado ao conhecimento dela informação sobre violação de direitos
humanos de pessoas custodiadas no local.
A magistrada disse ainda
que solicitou manifestação do Ministério Público Federal (MPF) sobre
outros pedidos de visita ao ex-presidente, entre eles o do vereador
paulistano Eduardo Suplicy (PT-SP); o presidente nacional do PDT, Carlos
Lupi; do deputado federal André Figueiredo (PDT-CE); e do ex-ministro
Ciro Gomes (PDT), que é pré-candidato à presidente. Também solicitou
autorização de visita, o vencedor do prêmio Nobel da paz, o argentino
Adolfo Pérez Esquivel.
A juíza também pediu pronunciamento do MPF
sobre a petição da defesa do ex-presidente para que seja garantido a
Lula o direito de receber visitas da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Os advogados alegam que é direito das pessoas que se encontram presas
receber visitas de parentes e amigos. “A relação política e a amizade
entre o peticionário [Lula] e a senadora Gleisi Hoffmann justificam o
deferimento da pretensão aqui analisada de acordo com a lei e sua
regulamentação”, diz um trecho do pedido.
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