Extração de petróleo no Rio Grande do Norte
A 3R Petroleum, empresa que adquiriu por US$ 453,1 milhões os 34
campos de produção terrestres na Bacia Potiguar da Petrobras, dentro do
processo de desinvestimento da companhia estatal, está registrada no
Cadastro Geral da Pessoa Jurídica, da Receita Federal, na categoria de
microempresa.
Nesta quarta-feira, no site do Sindicato dos Petroleiros do Rio
Grande do Norte (Sindipetro-RN), essa informação é noticiada com o
seguinte título: “Microempresa compra Riacho da Forquilha por US$ 453
milhões”.
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou na terça-feira,27, a
cessão da participação da empresa em 34 campos de produção terrestres
de petróleo, localizados na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. O
fechamento da transação está previsto para o próximo dia 7 de dezembro.
Trata-se de campos maduros em produção há mais de 40 anos, distantes
40 Km ao sul de Mossoró, na região Oeste. Os campos foram reunidos em um
único pacote batizado de Polo Riacho da Forquilha, cuja produção atual é
estimada em 6 mil barris de petróleo por dia.
Nesta quarta-feira, um assessor do Sindipetro-RN contou que, tão logo
a operação foi anunciada, a diretoria do Sindicato começou a pesquisar a
história da desconhecida 3R Petroleum, cuja primeira operação dessa
natureza despertou a curiosidade dos petroleiros. “E qual não foi a
surpresa nossa quando descobrimos que a empresa que desembolsará os R$
453 milhões é um microempresa!”, ironizou a fonte.
No site do Sindicato esta situação é comentada da seguinte maneira:
“De fato, em visita ao site da 3R, não é possível encontrar
‘expertise’ que comprove capacidade de gestão de campos de petróleo e,
particularmente, em implantação de projetos de otimização de produção em
campos terrestres. O mais surpreendente, no entanto, é a informação
sobre o porte da 3R constante no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica da
Receita Federal”.
Já segundo a Petrobrás, a 3R Petroleum é uma empresa brasileira de
óleo e gás com atuação focada na América Latina, preenchendo “os
requisitos necessários para ser uma Operadora C no Brasil de acordo aos
critérios da ANP”.
Hoje, a estatal conta com 100% da concessão pública, exceto nos
campos de Cardeal e Colibri, onde 50% de participação divide com a
empresa Partex.
Já nos campos Sabiá da Mata e Sabiá Bico-de-Osso, a Petrobras tem 70%
de participação, enquanto a sócia Sonangol fica com os 30% restantes.
Para o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), a venda dos campos de
produção terrestre da Bacia Potiguar afetará direta e indiretamente a
vida de mais de 7 mil pessoas que sobrevivem da atividade.
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