Líderes de partidos do chamado
centrão acordaram que, até o Planalto começar a dialogar com o
Congresso, a proposta de reforma da Previdência não avancará, de acordo
com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
A insatisfação em relação à falta de interlocução com o governo de
Jair Bolsonaro ficou ainda mais clara depois da primeira derrota do
Planalto na Câmara, na última terça-feira (19).
Na ocasião,
deputados aprovaram um projeto que susta os efeitos do decreto editado
pelo vice-presidente Hamilton Mourão, em janeiro, que ampliou a
funcionários comissionados e de segundo escalão o poder de impor sigilo a
documentos públicos.
Diante do cenário, ainda conforme a coluna, o DEM - partido dos
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre -,
chegou a propor ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que pudesse
atuar diretamente na organização da base. A oferta teria sido feita
durante um jantar na segunda-feira (18).
Mas, a legenda já
alertou: só entra "na jogada" se tiver “instrumentos” para entregar aos
parlamentares o que for acordado em troca do apoio ao presidente. Um
líder do centrão diz que é impossível negociar com Lorenzoni, já que ele
sempre ouve as demandas, mas nunca tem autonomia para garantir o
atendimento por parte do governo.
A atuação do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO),
também é questionada. Dirigentes partidários demonstram que, assim como a
derrubada do decreto que facilitava o sigilo de documentos públicos, a
queda de Hugo está dentro do pacote de sinais de descontentamento que o
Parlamento quer mandar a Jair Bolsonaro.
Com informações do Notícias ao Minuto
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