Caso já vinha sendo investigado pela
Polícia Federal, mas no Ministério Público Federal houve a dúvida sobre
em qual instância deveria tramitar
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro foi incumbido nesta
quinta-feira, 21, pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de
apurar se o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair
Bolsonaro, praticou crime de lavagem de dinheiro na negociação de
imóveis.
O caso já vinha sendo investigado pela Polícia Federal, mas no
Ministério Público Federal houve a dúvida sobre em qual instância
deveria tramitar, depois de Flávio se eleger para o Senado. A
Procuradoria-Geral da República, então, enviou à Procuradoria da
República, levando em consideração a regra do Supremo que limita o foro
se o suposto crime tiver sido cometido no mandato e em razão dele.
O que o MPF no Rio vai analisar é se as “negociações relâmpagos” de
imóveis resultaram em um aumento patrimonial incompatível de Flávio,
segundo as investigações da Polícia Federal.
Os fatos são apurados também do ponto de vista eleitoral. Nesse caso,
a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro está fazendo a
análise sobre se Flávio cometeu crime ao declarar à justiça eleitoral
imóveis com valores incompatíveis com os avaliados no mercado. A PGR já
havia dito que a procuradoria regional eleitoral detém a competência de
analisar esse caso.
Essas apurações não estão relacionadas ao caso que envolve o
ex-assessor Fabrício Queiroz, citado em relatório do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelado pelo Estadão em
dezembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário