O ex-ministro José Dirceu se apresentou na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para começar a cumprir a pena
de oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem
de dinheiro. Esta é a segunda condenação de Dirceu no âmbito da Operação
Lava Jato.
A prisão foi determinada na quinta-feira (16) pelo juiz
Luiz Antonio Bonat, titular da 13ª Vara Federal em Curitiba. A decisão
foi tomada após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado
em Porto Alegre, negar recurso da defesa de Dirceu e determinar o cumprimento da pena com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que autoriza prisão ao fim dos recursos em segunda instância.
Conforme a decisão de Bonat, o ex-ministro deveria ter se
apresentado à PF até as 16h, mas ele não chegou no horário determinado.
Segundo a defesa, Dirceu saiu de Brasília durante a madrugada de hoje,
fez o trajeto até Curitiba de carro, mas, devido ao mau tempo na
estrada, não conseguiu chegar no horário determinado pelo magistrado.
A
primeira condenação de Dirceu na Lava Jato foi proferida pelo então
juiz federal Sergio Moro, em março de 2017, quando o ex-ministro foi
considerado culpado por ter recebido R$ 2,1 milhões em propina proveniente de contratos na Petrobras, entre 2009 e 2012.
Segundo
a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), parte desse valor foi
recebida por meio de 118 voos em táxis-aéreos. A pena inicial estipulada
foi de 11 anos e três meses de reclusão. A condenação foi confirmada
pela Oitava Turma do TRF4 em setembro do ano passado. A pena, porém, foi abrandada, sendo reduzida para oito anos e dez meses.
Em seguida, a defesa do ex-ministro apresentou diversos recursos em forma de embargos, prolongando o desfecho do caso na segunda instância.
Com informações da Agência Brasil
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