BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O
governo federal pretende desembolsar até R$ 7,14 milhões na compra de
carros blindados para a segurança dos familiares do presidente Jair
Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão.
Com o argumento de que houve um aumento da demanda na atual gestão, o
GSI (Gabinete de Segurança Institucional) autorizou a realização de um
pregão eletrônico, no início de junho, para a aquisição de um total de
29 veículos, dos quais 17 blindados e 12 normais.
O edital de
compra especifica que o comboio de segurança para cada um dos familiares
deve ser composto de dois veículos, da mesma marca e modelo, sendo um
blindado e outro normal. A necessidade de serem iguais, segundo o
documento, tem como objetivo evitar a identificação do carro que
transporta o familiar.
"A imposição, por aspectos de segurança,
visa não demonstrar a presença exata dos familiares das autoridades nos
deslocamentos com o uso de veículo diferenciado, exigindo que os
veículos blindados e não blindados sejam exatamente iguais."
O
Palácio do Planalto exemplifica como modelos e marcas que podem ser
adquiridos Audi A6, Honda Accord e Ford Fusion, veículos considerados de
alto padrão. Ao todo, o presidente tem cinco filhos e todos estão
residindo em Brasília. O seu antecessor, Michel Temer, tinha apenas um
na capital federal.
"O quantitativo pretendido decorre de aumento
na demanda de veículos de serviços especiais, com a posse dos atuais
presidente e vice-presidente, que atendem aos familiares dos citados
dignitários", diz o texto.
Neste mês também, como mostrou a Folha,
o governo federal previu outro pregão eletrônico de R$ 2,5 milhões para
a locação de carros para transporte de Bolsonaro e de Mourão em viagens
e eventos oficias no Norte e no Centro-Oeste.
Segundo o edital, a
empresa que vencer a licitação deverá disponibilizar 32 veículos. O
Palácio do Planalto exige, por exemplo, dois carros blindados do tipo
Sedan com quatro portas e com película protetora nos vidros laterais e
traseiro.
A Folha de S.Paulo procurou o Palácio do Planalto no sábado (25), mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
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